Por que baratas e ratos sobrevivem a enchentes: biólogo explica
As enchentes que assolam diversas regiões do Brasil não apenas causam danos materiais e humanos, mas também desencadeiam uma infestação de ratos e baratas.
Pesquisas mostram que existem cerca de 500 baratas por habitante no mundo, e as enchentes pioram essa situação ao forçar esses animais a migrarem para áreas habitadas.
Ratos e baratas, normalmente encontrados em galerias de esgoto e áreas subterrâneas, são impelidos pelo instinto de sobrevivência a buscar refúgio em locais secos e elevados.
Segundo o professor Enios Carlos Duarte, coordenador do curso de biologia do UNASP, esses animais têm a capacidade de nadar e flutuar, mas são suas adaptações anatômicas e fisiológicas que permitem um rápido deslocamento em tais condições.
A migração em massa para áreas residenciais e comerciais não é apenas uma questão de incômodo, mas também de saúde pública. Esses animais são vetores de diversas doenças, como a leptospirose, transmitida pela urina de ratos, e a salmonelose, frequentemente associada às baratas.
Além dos riscos à saúde, a infestação acarreta prejuízos econômicos significativos. Estabelecimentos comerciais, especialmente na indústria alimentícia, podem sofrer danos à sua reputação e perdas financeiras devido à contaminação de produtos e à necessidade de medidas de controle de pragas.
É essencial que a comunidade e os órgãos responsáveis trabalhem juntos para implementar estratégias de manejo integrado de pragas, visando à proteção da saúde pública e à minimização de impactos econômicos. Medidas preventivas, como a limpeza de áreas propensas a acumular água e lixo, podem ajudar a reduzir a presença de ratos e baratas.
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