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Por que eu sou Lula

Somos mesmo um povo estranho, pois nunca estamos satisfeitos com coisa alguma.  Já tivemos um Presidente que molhou a mão de congressistas a fim de conseguir um segundo mandato. E não foi o Lula.

Para uns foi uma dessas coisas da política. Para mim pura corrupção. O Lula está no seu segundo mandato. Houve muita gente atirando boatos para cima dele tal como os malditos fogos de artifício em virada de ano, mas o Lula que tem espírito democrático disse não.

Mesmo assim continuaram dando pauladas nele. O antecessor viajava muito à Europa, visitando com frequência Roma, Paris e Londres.

O Lula também viaja bastante. Necessário deixar claro que a Presidência da República é uma instituição e esteja onde estiver o Presidente continua ele sendo o Presidente.

Agora vamos ver os destinos do Lula. Levou empresários brasileiros a China, esteve na Ásia e no Oriente. O que foi ele fazer lá? Prospectar negócios para o Brasil. Lembro já faz uns dois anos que li no Financial Times uma forte crítica ao Bush (The Lord of War) por preocupar-se ele com suas guerras esquecendo-se de cuidar do quintal e com isto Lula negociava no Oriente.

Lula andou várias vezes na África. Enfim Lula circula pelo mundo e não somente para visitar reis e rainhas, mas principalmente para buscar negócios ao nosso país. Nos governos de seu antecessor os recrutas das Forças Armadas eram mandados matar a boia em casa, pois não havia grana para o rancho. Vocês lembram-se disto certamente.

Necessário lembrar que as Forças Armadas estavam sucateadas e não havia expectativa de melhoria às mesmas.

Faz poucos dias foi internado em nosso país, pelo Porto de Rio Grande, expressivo número de carros de combate importados da Alemanha para o III Exército, opa, agora é Comando Militar do Sul. Estão sendo instituídos pelotões especiais em todas as áreas indígenas, tornando assim efetiva a presença do Exército nessas regiões o que virá garantir os interesses nacionais nas mesmas.

Recentemente o governo federal fechou contrato com a IVECO para produzir num prazo de vinte anos alguns milhares de carros de combate às Forças Armadas.

Há negócio encaminhado com o governo francês para a construção de estaleiro no Rio de Janeiro no qual serão produzidos submarinos convencionais e um nuclear que receberá um reator desenvolvido por nossa Marinha de Guerra. Há também em construção embarcações destinadas ao patrulhamento de nossa Amazônia Azul, pois assim a Marinha denomina nossas águas territoriais. O governo está aumentando em 36 mil homens o efetivo da Marinha. Há a negociação dos aviões de caça à Força Aérea.

Diversas universidades federais foram criadas e estão sendo concursados milhares de professores às mesmas.  Escolas técnicas, uma das maiores carências de nosso país no campo da educação, estão sendo implantadas.

No período que se seguiu a Ditadura nossa indústria naval foi aniquilada. Fazíamos até o advento do governo do Lula apenas canoas e alguns iates para milionários. Desde a assunção do Lula a presidência voltamos a produzir navios. Lembro ter ele dito que não mais nossos navios seriam feitos na Ásia, pois somos um produtor e exportador de minério de ferro, temos bom parque siderúrgico e assim como mão de obra qualificada. Resultou daí que em sete anos ocupamos hoje o sexto posto na indústria naval no mundo.

Obvio que há muito ainda a ser feito. O que me revolta é a maneira como determinados setores da imprensa distorcem fatos com propósitos inconfessáveis. Há nas grandes emissoras de TV diversos comentaristas que falam sobre segurança pública e assuntos militares com se fossem especialistas, quando na verdade são uns falastrões.

Aliás, segurança publica hoje é assunto da moda e o que tem de metidos a deitar falação sobre a mesma chega a revoltar quem vem desta área como é o meu caso. Nada sabem, mas são apresentados com se especialistas fossem. Como e fácil deitar falação à frente das câmeras e o pior de tudo é que multidões se deixam levar por estes conversadores.

Lembro que nos governos anteriores ao do Lula falavam muito em elevar o salário mínimo aos cem dólares. Hoje o mínimo está na casa dos trezentos dólares e ninguém fala sobre isto. O consumo de bens duráveis tem crescido de forma a impressionar quem tenha a capacidade de observar.

Lembro que algumas semanas antes do natal estive na Vivo em Capão da Canoa a fim de contratar os serviços da mesma, pois a NET não é confiável e preciso manter meu blog no ar. Lá vi uma mulher humilde com seu filho na faixa dos quinze anos com um Notebook novinho em folha comprando um modem da Vivo para o garoto.

Impressiona o crescimento do número de pessoas que tem acesso a Internet.

Impressiona como os blogs hoje trazem a público fatos que antes eram desconhecidos, pois os grandes grupos de comunicação seguem suas linhas editoriais e alem delas nada mais chega ao espectador, leitor ou ouvinte.

Agora a grita é contra o tal Plano de Direitos Humanos. E isto até compreendo, pois num dos pontos toca em algo que é tabu. Somos o único país do mundo que tem redes de televisão cobrindo todo o território nacional.

No vizinho estado de Santa Catarina há uma ação do MPF contra a repetidora vez que a mesma hoje controla praticamente todos os meios de comunicação naquele estado. Isto desagrada a alguns, mas defendo o governo neste aspecto, pois estes oligopólios não podem continuar senhores da comunicação neste país. Precisamos seja a mesma democratizada. Isto não vai ser fácil, pois eles têm um poder enorme, mas precisam ser disciplinados, não em suas linhas editoriais, mas a expansão que estão tomando precisa ser freada pelo bem da própria comunicação no país.

Se alguém tiver dúvida quanto a isto basta lembrar a luta do Brizola contra a poderosa que tudo fez para impedi-lo de chegar, via voto, ao governo da Guanabara. Não tivesse o Brizola feito o barulho que fez, trazendo observadores internacionais e não teria chegado ao governo. Isto precisa ser mudado. Lembro que a poderosa e a repetidora são filhas da ditadura.

Os mais antigos ou mais vividos lembram que tínhamos em Porto Alegre, dentre os vários jornais a Última Hora. Pois esta foi empastelada a mando dos milicos e logo seguir trocou de nome surgindo o jornal  Zero Hora. Isto está nos anais de nossa história e não há como ser contestado.

Até a próxima se Deus assim o permitir.

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