Porto Alegre emite nota técnica sobre Mpox: orientação e procedimentos para serviços de saúde em meio a nova variante
A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre divulgou nesta terça-feira (20) uma nota técnica direcionada a profissionais e serviços de saúde, com orientações detalhadas sobre o diagnóstico e manejo da monkeypox (Mpox).
Este comunicado ocorre em um momento crítico, com a cidade confirmando três casos da doença em 2024, incluindo residentes locais que viajaram para áreas afetadas, como Rio de Janeiro e Canadá, e um visitante de São Paulo.
O documento reforça a necessidade de notificação imediata de casos suspeitos à vigilância epidemiológica, detalhando procedimentos essenciais para garantir uma resposta eficaz.
Entre as informações apresentadas estão a definição de caso, o período de incubação e transmissibilidade do vírus, bem como características do patógeno e suas mutações recentes.
O texto também aborda a importância do isolamento, quando necessário, e as diretrizes para coleta de amostras, testes laboratoriais e indicação de vacinação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 14 de agosto, Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional devido ao aumento dos casos de Mpox na República Democrática do Congo e países vizinhos.
Essa nova variante do vírus, identificada recentemente, é mais transmissível e provoca uma forma mais grave da doença, aumentando a preocupação global. Em 2024, o continente africano já contabiliza mais de 15 mil casos, com 537 mortes, superando os números do ano anterior.
Em resposta ao crescente número de casos, o Ministério da Saúde do Brasil ativou um Centro de Operações de Emergência para monitorar e coordenar ações contra a Mpox. Até o momento, o país registrou 709 casos em 2024, com São Paulo e Rio de Janeiro liderando o número de infecções.
Com a nova nota técnica, Porto Alegre busca garantir que todos os serviços de saúde estejam preparados para lidar com a doença, reforçando a importância de um diagnóstico rápido e preciso, além de medidas preventivas adequadas.
A vigilância contínua e a atualização dos protocolos de saúde são cruciais para conter a disseminação da Mpox, especialmente diante da ameaça da nova variante.