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Portugal acusa conselho de inércia

O governo de Portugal assinou a declaração proposta pelos Estados Unidos no último dia 6, de que é preciso “dar forte resposta internacional” ao suposto uso de armas químicas. De acordo com o site da Casa Branca, 33 países (a maioria europeus) apoiaram a posição norte-americana. Até o momento, nenhum país sul-americano manifestou apoio.

Ontem (10), uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal responsabilizou o Conselho de Segurança das Nações Unidas pelo agravamento da situação na Síria. “A falta de ação do Conselho de Segurança nos últimos dois anos levou à intensificação de um conflito que causou tragédia humanitária das maiores proporções, contribuiu de forma decisiva para a radicalização política na própria Síria e potencializou a instabilidade na região”, diz o comunicado.

Portugal defende que o conselho estabeleça, “com a maior urgência”, como fará o controle internacional das armas químicas da Síria, sugerido pela Rússia. A nota foi divulgada antes do pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ontem à noite (hora de Brasília), anunciando que o Congresso norte-americano vai adiar a decisão sobre eventual ação militar na Síria para aguardar encaminhamento da proposta russa.

“É muito cedo para dizer se essa oferta será bem-sucedida, e qualquer acordo deve verificar se o regime de [Bashar Al] Assad mantém compromissos”, disse Obama ao admitir que a proposta “tem potencial para remover a ameaça de armas químicas, sem o uso da força, especialmente porque a Rússia é um dos mais fortes aliados de Assad”.

O governo sírio já anunciou que aceita o controle de suas armas químicas como proposto pela Rússia. A solução diplomática para os confrontos também é acompanhada por Portugal. “Importa continuar a criar condições que gerem consenso tão amplo quanto possível que permita, pela via da negociação e em um quadro multilateral, alcançar solução política que restabeleça de forma duradoura a paz na Síria”, diz a nota do governo português. A União Europeia registra 2 milhões de pessoas refugiadas por causa do regime Assad.

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