Qual o futuro de nossas gerações? Suely Braga
Se esta pergunta fosse feita há três anos teríamos um perspectiva otimista com uma economia em crescimento, com estabilidade das políticas sociais, a possibilidade de novas fontes de financiamento para a educação por meio do Fundo Social do Pré-sal, do Pro-Uni, do FIES e a expansão das Universidade Públicas, do PRONATEC e várias outras ações que permitiam prever uma perspectiva otimista para as novas gerações brasileiras. Era garantida a universalização do acesso ao ensino médio e ao ensino superior.
Havia um crescente intercâmbio entre jovens pesquisadores do Brasil e de outros países e, era primeira vez na história do Brasil que existiam bolsas nos programas de pós-graduação com boa avaliação para os jovens estudarem no exterior. A democracia adolescente ganhava expansão gigantesca e havia participação da sociedade civil nos rumos das ações do Governo Federal.
Hoje tudo mudou. Com o Golpe de Estado a nova administração do Governo golpista de Michel Temer coloca um modelo neoliberal e faz um desmonte do país, que com o fim das garantias sociais, conseguidas na luta das gerações passadas, ameaça o futuro da gerações presentes e gerações futuras.
A taxa de desemprego cresce e ritmos assustadores, a economia está no fundo do poço.
O Ministro da Educação fez uma reforma na educação e no ensino médio através de uma medida provisória, sem debater e consultar os intelectuais da educação e os educadores.
O governo federal alegando não ter recursos, cada vez mais retira as verbas para a educação. Retirou as bolsas dos estudantes que faziam pós-graduação no exterior, a maioria nas áreas científicas e áreas de pesquisas. Ele já sucateou o Órgão responsável pela pesquisa no país. Enviou ao Congresso um projeto para privatizar as Universidades Públicas.
Para gastar bilhões na compra de votos dos golpistas parlamentares para permanecer no poder, perdoar os bilhões das dívidas dos Bancos Itaú e Bradesco, perdoar as sonegações de impostos dos latifundiários edo agronegócio e dos grandes empresários ele tem recursos, criando um rombo nas dívidas da receita pública. Agora para tapar o rombo das finanças públicas está privatizando tudo, entregando nosso patrimônio, até as terras brasileiras, a Amazônia, para os estrangeiros.
Com Temer não retornamos apenas décadas de políticas sociais. O projeto deste governo é um retrocesso de eras, ao período pré- revolução industrial, à escravatura. Temer, Meirelles, Maia e este Congresso ameaçam o presente e se prevê um futuro muito mais duro para a próximas gerações. Qual o país que se desenvolve sem colocar a educação como prioridade? Sem reconhecer que educação é investimento e não gastos? Sem fazer da educação a mola mestra do desenvolvimento do país?