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Reunião sobre programa nuclear do Irã termina sem acordos

A nova rodada de negociações entre o Irã e o P5+1 – grupo que reúne os cinco países que são membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e mais a Alemanha – terminou hoje (7) em Genebra, na Suíça, sem o anúncio de qualquer tipo de acordo. O negociador iraniano, Saeed Jalili, entretanto, fez uma advertência: seu país não aceitará qualquer tipo de negociação baseada em pressões. As duas partes estavam reunidas para discutir o programa nuclear do Irã e decidiram que as conversas continuarão em janeiro do ano que vem em Istambul, na Turquia.

Em nome do P5+1 – grupo formado pela China, pela Rússia, pelos Estados Unidos, pela França e pela Inglaterra, mais a Alemanha – as negociações foram comandadas por Catherine Ashton, chefe da diplomacia da União Europeia.

A última reunião em Genebra ocorreu em outubro de 2009 e parecia ter chegado a um acordo: o Irã iria exportar urânio com baixo grau de enriquecimento para ser processado em outro país. Mas, depois disso, o país impôs novas condições e o acordo fracassou. Os Estados Unidos e seus aliados acusam o Irã de tentar produzir armas nucleares. O governo iraniano nega as acusações e alega que seu programa nuclear tem fins pacíficos, para uso civil.

A reunião encerrada hoje ocorreu logo depois de o Irã ter anunciado que enviou seu primeiro lote de urânio produzido no país a uma usina, que poderá deixá-lo pronto para enriquecimento. O urânio enriquecido pode ser usado como combustível em reatores para a geração de energia ou utilizado para a fabricação de armamentos nucleares. Acreditava-se que o Irã tinha pouco estoque de urânio concentrado, originalmente importado da África do Sul nos anos 1970.

O envio do primeiro lote foi comunicado pelo chefe do programa nuclear iraniano, Ali Akbar Salehi. Em entrevista à televisão estatal iraniana, ele comentou a reunião em Genebra e afirmou que as negociações visam a beneficiar outros países, e não o Irã. “Queremos criar uma solução diplomática para sair do impasse político para aqueles que nos pressionaram”, afirmou.

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