Rio Grande do Sul atinge meta de 80% de cobertura na vacinação contra a gripe
O Rio Grande do Sul alcançou, nesta quinta-feira (02), o índice de 80% de cobertura dos grupos prioritários na vacinação contra a gripe, iniciada no último dia 15 de abril e que foi prorrogada até 10 de maio. Ao todo, já foram imunizadas mais de 2,2 milhões de pessoas no Estado. Até o momento, 314 municípios gaúchos já ultrapassaram o índice proposto como ideal e seguirão aplicando as doses até o final dos estoques.
Não haverá mudança nos critérios de seleção dos grupos de risco que devem tomar a vacina. Seguem elencados como públicos-alvo as crianças maiores de 6 meses e menores de 2 anos, pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto (puérperas) e os trabalhadores da saúde. Um dos grupos que também ainda podem procurar a vacina são as pessoas com alguma comorbidade e que tenham indicação médica, que são os casos de portadores de doenças crônicas respiratória, renal e cardíaca, obesidade mórbida e diabete mellitus.
Elas devem levar uma prescrição médica ao posto de vacinação para comprovar a sua indicação à imunização. Crianças menores de nove anos que estão fazendo a vacina pela primeira vez devem receber duas doses, com 30 dias de intervalo entre elas. Caso a criança já tenha recebido a vacina em outros anos, seja uma ou duas doses, recebem agora apenas uma dose.
A vacina protege contra três tipos de vírus influenza: influenza A H1N1, influenza A H3N2 e influenza B, pelo período de um ano. A escolha das cepas considera os vírus com maior circulação nos últimos meses. A escolha das cepas considera os vírus com maior circulação nos últimos meses. Estudos do Ministério da Saúde demonstram que a vacinação contra a influenza (gripe) reduz em, aproximadamente, 50% as hospitalizações e mortes pela doença e suas complicações, mesmo nos idosos e em grupos que apresentam comorbidades, particularmente em períodos de maior circulação do vírus.
No grupo das pessoas com 60 anos ou mais, a vacina também está associada a reduções substanciais no risco de hospitalização por doença cardíaca, doença cerebrovascular e pneumonia, reduzindo consequentemente a morte por essas causas.
Prevenção
A chamada etiqueta da gripe é uma medida simples porém importante para evitar a disseminação na doença. Entre os cuidados que se destacam está a proteção da boca e nariz ao tossir e espirrar, cobrindo-a preferencialmente com a dobra do cotovelo, evitando o uso das mãos. O vírus ao ser expelido pode depositar-se em alguma superfície onde ainda sobrevive por um período de tempo.
Caso uma pessoa venha a ter contato com essa área e depois toque olhos ou a boca pode vir a contaminar-se. Também ressalta-se a importância em lavar as mãos com frequência, com água e sabão ou utilizando álcool em gel, assim como evitar locais com aglomeração de pessoas (escola, transporte público, centros comerciais, entre outros) se estiver com os sintomas.
Tratamento
A gripe tem cura. A afirmação busca quebrar o paradigma de que a doença é tratada apenas com descanso em casa. O tratamento tornou-se popular durante a pandemia de 2009, quando passou a ser ofertado o antiviral Oseltamivir, de nome comercial Tamiflu.
Devido ao fato de que o medicamento possui sua maior eficácia durante as primeiras 48 horas de sintomas, recomenda-se que a pessoa procure atendimento médico de imediato quando estiver com sintomas de febre, dor de garganta e dores nas articulações, musculares ou de cabeça. Juntamente a esse chamamento à população, é feito um reforço para que a comunidade médica esteja atenta a esses sintomas para a prescrição do antiviral.
O medicamento é distribuído gratuitamente nas farmácias municipais, hospitais, pronto socorros e outros locais. O Estado possui no momento cerca de 190 mil tratamentos (cada um composto de dez comprimidos), quantidade superior a distribuída em todo o ano passado. Caso necessário, pode ser solicitado complemento do estoque ao Governo Federal.