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RS registra redução de 11% das vítimas fatais no trânsito

Pelo menos 93 pessoas deixaram de morrer no trânsito do Rio Grande do Sul nesse primeiro semestre. Foi o que anunciou o governador Tarso Genro, na tarde desta segunda-feira (15), em coletiva de imprensa no Palácio Piratini. O levantamento do Detran/RS comparou os dados da acidentalidade no Estado em 2011 (janeiro a junho) com o mesmo período do ano passado, e detectou redução de 11% no total de vítimas fatais. Se for analisada a tendência de crescimento desde 2007, a redução pode ser considerada ainda mais significativa.

Foram 770 mortes no trânsito neste primeiro semestre, contra 863 no ano passado, em 692 acidentes. Os chamados usuários vulneráveis são mais da metade das vítimas (55%). Não por acaso que a ONU pediu, na Resolução que instituiu a Década de Ação para a Segurança no Trânsito, maior atenção aos pedestres, ciclistas e motociclistas. Os motociclistas mortos representam 24% das vítimas. Com o agravante que 31,5% das vítimas de acidentes com motos estão na faixa dos 18 a 24 anos. O total de 161 pedestres (23%) entre as vítimas também é preocupante, principalmente considerando-se que 37% deles têm mais de 60 anos.

Os acidentes graves – com vítimas fatais – também sofreram redução: foram 7% menores que em 2010, quando 745 acidentes provocaram mortes. A maioria desses acidentes são colisões (43%). Os atropelamentos respondem por 23% dos acidentes, percentual que caiu em relação ao ano passado, quando eram 28%. Sessenta e quatro por cento desses acidentes ocorreram nas rodovias.

O levantamento também detectou que, ao contrário do que pensa o senso comum, os veículos novos se envolvem mais em acidentes fatais. Considerando-se os veículos automotores (excluindo bicicletas, carroças e reboques), a idade da frota envolvida em acidentes com vítimas fatais é, em média, 3,8 anos mais nova que a frota do Estado. Enquanto a idade média dos veículos envolvidos em acidentes é de 9,5 anos, a idade média da frota do Estado é de 13,3 anos.

Para o governador Tarso Genro, a divulgação desses números ocorre mais como um fator educativo para a população, e menos como uma conquista a ser comemorada. “Mostra que a sociedade civil está preparada para compartilhar com o poder público a responsabilidade pela mudança de comportamento no trânsito.”

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