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Rumo às trevas

Recentemente, dois dos raros intelectuais que ainda ousam pensar com independência, foram impedidos pelos radicais de esquerda (aqueles que controlam quem tem e quem não tem direito à liberdade de expressão), a  participar de um debate na Festa Literária Internacional de Cachoeira, na Bahia. Caso este, muito semelhante ao sofrido pela blogueira cubana Yoani Sanches ao visitar o Brasil no início do ano.

O sociólogo Demétrio Magnoli e o filósofo Felipe Pondé tiveram seus debates cancelados devido à ação de estudantes que gritavam palavras de ordem, e a quem chamavam de racistas.

A dialética usada pelos luminares discentes atingiu seu zênite ao lançarem sobre o palco a cabeça de um porco enquanto se despiam para o público.

A saber, o sociólogo, assim como Pondé, é contra as cotas raciais. Daí a acusá-los de racismo é um silogismo imbecil que revela um obscurantismo gigantesco e um logro intelectual ainda maior. Nenhum dos dois jamais escreveu uma linha sequer que fosse de cunho racista.

Como já aludi em um texto anterior (“Inventaram o racismo seletivo”),  o conceito de raça é um anacronismo do ponto de vista científico e genético, porém meu assunto agora  é outro: -Os poros pelos quais a sociedade livre respira estão sendo progressivamente vedados em nome de valores socialistas e totalitários.

Objetivos teoricamente nobres e inatacáveis, como a busca da igualdade e do bem estar social, são usados para amparar todos os tipos de déspotas e sectários. E a legião de ingênuos úteis que conseguiram amealhar é enorme.

Como consequência disso, vivemos num estado de permanente contradição, entre a percepção da realidade e o pensamento coletivo imposto por aqueles que se julgam únicos guardiões da verdade. O “Brasil Maravilha”, bufonaria lulista, é um exemplo concreto do que quero dizer.

O homem realista e liberal, hoje em dia.torna-se alvo da máquina detratora dos radicais e do governo, que por total falta de premissas, preferem ir direto ao ataque em estado bruto.

A existência do contraditório é essencial ao processo democrático. A esquerda e a direita devem coexistir  para que haja um equilíbrio filosófico, condição pertinente às sociedades que zelam pela  liberdade e pelos  direitos individuais.  Aniquilar a oposição (termo que Lula adora pronunciar), ou calar as vozes dissonantes só pode sinalizar autocracia e despotismo.

“Um poder onipresente e invisível, como um mandamento divino ou um imperativo categórico; e, em seguida, tendo controlado a sociedade por completo, apossar-se do Estado quando já não haja nem mesmo a possibilidade remota de uma oposição”. O pensamento é de Antônio Gramsci, e seus esbirros  tupiniquins estão levando a cabo a macabra estratégia. Será paranoia minha ou estamos tratando como chacota um assunto muito sério?

O “Foro de São Paulo” acontece há anos, sob as bênçãos, ou pior ainda, sob a direção de governantes brasileiros. Trata-se de uma mancebia de protoditadores, tiranetes, terroristas e narcotraficantes que têm como principal meta a disseminação do comunismo na América Latina.

Aos que acham que exagero ou sofro de algum delírio psicótico, acessem o link: http://www.youtube.com/watch?v=lujCGVUCmGE  e deliciem-se com os discursos mentecaptos que  Lula e Dilma proferiram no Foro. Daria uma ótima comédia, não fosse o fato de estarem lá com sérios propósitos.

Alguém já imaginou algum presidente da república presidindo uma coalizão de líderes neonazistas, que tivesse como meta a implantação do fascismo na América Latina? Pois o tal Foro de São Paulo não é muito diferente. Ou por ventura os crimes praticados por Lênin, Stálin, Mao e Fidel são atrocidades menores que as de Hitler, Mussolini, Pinochet e Cia.?

A esquerda, de maneira muito competente, vem criando há décadas uma atmosfera onde a única maneira de se pensar é a sua própria. Todos que se atrevem a raciocinar de modo diferente logo ganham a pecha de “reaças da extrema direita” e imediatamente conduzidos ao ostracismo.   Prova disso é a enxurrada de livros, textos, cartilhas e apostilas usadas nas escolas e universidades, que bajulam, de maneira despudorada e facciosa, os governos comunistas Governos que, de tão bons, necessitavam erguer muralhas para que o radiante e jubiloso povo não se escafedesse do “paraíso”. Ora, a realidade dos fatos salta aos olhos e não há maneira de ser contestada com proselitismo e propaganda enganosa.

Já está na hora de deixarmos claro que não queremos flertar com regimes totalitários. Já exaurimos nossa cota de ditadores. Se a hegemonia do pensamento marxista não for quebrada em favor de um amplo debate político e ideológico, nossa pueril democracia será destruída de dentro para fora. Paradoxalmente, ela (a democracia), permite que seus próprios algozes cheguem ao poder de maneira legítima, para depois solapá-la.

Mais do que ferir o direito à livre expressão, estão malogrando nosso direito a ouvir o contraditório.  Cria-se assim um quadro político manco, capenga, onde apenas um lado pode prevalecer, como se este pairasse acima do bem e do mal.

Como se costuma dizer, “vamos por as barbas de molho”, ou haverá muito playboyzinho por aí com nada mais para vestir além da sua camiseta do Che Guevara.

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