Safra de arroz de Torres movimentará cerca de R$ 14 milhões
A colheita da safra 2008/2009 do arroz irrigado de Torres está concluída. O município tem cerca de 3.020 hectares de cultivo e a produtividade média ficou em torno de 148/150 sacas de arroz por hectare, segundo a Cooperativa Agropecuária do Rio Verde (Cooperverde). A comercialização da produção está em andamento e fará circular em torno de 14 milhões de reais na economia de Torres e região.
Segundo o presidente da Cooperverde, Jairo Luiz dos Santos Matos, a adoção da semente pré-germinada e o manejo do solo com o marreco de pequim mais uma vez fez com que Torres esteja entre os dez municípios gaúchos de maior produtividade da lavoura de arroz. Para alcançar esse resultado, ele ainda destaca a importância do trabalho de apoio realizado pelo Instituto Riograndense de Arroz (Irga), da Emater/RS e da Secretaria Municipal da Agropecuária e da Pesca.
A saca de 50 quilos de arroz começou a ser comercializada em março a R$ 31,00, mas teve uma queda e atualmente está em R$ 27,00. O presidente da Cooperverde destaca que a queda foi de quase 12%, comprometendo a renda do produtor gaúcho. No entanto, o produtor de Torres que tem arroz armazenado na Cooperverde pode esperar a reação do mercado. “O arroz depositado na cooperativa continua sendo do produtor e ele pode esperar o mercado se estabilizar e procurar o melhor preço. Pela Cooperverde, o produtor sempre consegue no mínimo 5% a mais do que o mercado está pagando”, explica Jairo. A cooperativa foi criada há 4 anos e tem 45 associados. A capacidade estática de armazenagem é de 100 mil sacas, sendo que este ano recebeu 75 mil sacas.
O presidente da Cooperverde destaca que a produtividade se manteve igual à do ano passado, embora o plantio tenha começado mais tardiamente em função de muita chuva. Segundo Jairo, a produtividade só não ficou comprometida devido ao uso da semente pré-germinada e pelo manejo da lavoura integrado com a criação de marreco de pequim. “Com o marreco de pequim temos redução do custo de produção e ainda aumento de produtividade”, festeja o presidente da cooperativa. “Em Torres, o plantio é 100% de semente pré-germinada, o que permite programar o plantio e a chuva na hora de plantar é até benéfica”, salienta. Já no Rio Grande do Sul, a semente pré-germinada é usada em apenas 12% dos 120 mil hectares de cultivo de arroz.