Santo Antônio terá usina de etanol a partir do arroz e sorgo - Litoralmania ®
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Santo Antônio terá usina de etanol a partir do arroz e sorgo

O município de Santo Antônio da Patrulha deverá sediar uma usina de etanol a partir de cereais com ênfase, num primeiro momento para o arroz e após, para o sorgo. A revelação foi feita pelo secretário municipal da Agricultura e Meio Ambiente. Clovis Gomes Salazar acompanhou a audiência que o prefeito concedeu ao engenheiro Vilson Nelmann Machado, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Vinema – bio refinarias do Sul, que tem sede em Camaquã.

Essa usina que integra um conjunto de seis unidades a serem instaladas no Rio Grande do Sul deverá dispor de uma área de 50 hectares para a sua implantação.

O diretor da empresa assinou com o prefeito Daiçon Maciel da Silva no dia 1º de agosto um pré-protocolo de intenções para a implantação da unidade de Santo Antônio e que tem o aval da Federarroz e das associações de arrozeiros de toda a planície costeira que compreende de Torres até Palmares e Mostardas, incluindo evidentemente a Associação dos Arrozeiros de Santo Antônio da Patrulha e o Sindicato Rural patrulhense.

Clovis destaca o empreendimento como muito importante, pois irá contemplar os produtores da região devendo resolver os problemas de mercado, além de agregar mais valor ao produto.

Segundo Vilson Machado o empreendimento deverá desafogar o mercado do arroz, utilizando a matéria excedente da safra para a produção do etanol.

Revela o empresário que o etanol é hoje o responsável por vinte por cento do combustível que abastece a frota brasileira, mas ele também é utilizado em outras aplicações como plásticos, bebidas, cosméticos, perfumarias e solventes. A matéria prima será fornecida pelos produtores de arroz.

A previsão é de produção de 300 mil litros/dia devendo consumir 15 mil sacos de arroz diariamente. O presidente da Associação dos Arrozeiros de SAP Zuênio Thomazi salienta que a usina vai viabilizar a rotação de cultura com o sorgo sacarina que produz ao redor de 500 quilos de derivados (bagaço) cujo preço é de 250 dólares a tonelada. “Tudo isso irá agregar um valor muito bom ao produtor, sendo que os pequenos também serão beneficiados.

“E além disto, favorecerá um retorno muito bom de ICMS para o município”, frisou Thomazi.

O próximo passo será a aquisição da área que vai sediar a usina.

Calcula Machado que cumpridos todos os trâmites legais a obra comece a sair do papel dentro de 15 meses, com conclusão prevista para 2014 a 2015.

O prefeito municipal considerou a iniciativa de grande importância para o fortalecimento da economia do município. Nesse sentido Daiçon Maciel da Silva lembrou o fato de ser o arroz, uma das principais fontes de economia de Santo Antônio da Patrulha.

A propósito, no Seminário Arroz e Qualidade a acontecer nesse dia 19 de agosto, o engenheiro químico Valmor Bandiera, de Curitiba vai falar sobre o uso alternativo do arroz.

Da audiência com Daiçon também participaram Luiz Carlos Machado pela Federarroz, Heraldo José Dutra Gil (IRGA) e o vice-presidente do Sindicato Rural Cícero Borges da Cunha.

Os demais municípios gaúchos que terão usinas desse porte são Dom Pedrito, Cristal, Itaqui, Capão do Leão e Cachoeira do Sul.

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