Educação

Seminário discutiu a inclusão dos estudantes com necessidades especiais na rede pública em Osório

Durante toda a manhã do último sábado, dia 14, no auditório da Facos, em Osório, educadores, autoridades e representantes ligados à Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais – Apae, estiveram reunidos no I Seminário Municipal de Avaliação do Processo de Inclusão Escolar da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla na Educação Básica. Organizado pela Secretaria Municipal de Educação, o seu principal objetivo foi debater a atual situação do município e discutir políticas públicas de inclusão.

Na abertura das atividades, a presidenta da Federação das Apaes no Estado, Aracy Maria da Silva Ledo, fez um breve histórico da questão da inclusão dos estudantes especiais na rede pública. “Queremos que, no futuro, todas as crianças que hoje frequentam as Apaes estejam incluídas nas escolas comuns, mas essa mudança deve ser gradual, temos que ouvir os professores e os pais. Essa transição não pode ocorrer de cima para baixo”, destacou Aracy, fazendo referência a uma determinação do MEC para que todos esses estudantes sejam incluídos na rede pública nos próximos anos.

O prefeito de Osório, Romildo Bolzan Júnior, presente no seminário, já adota na sua gestão, há alguns anos, um projeto de inclusão, com a contratação de estagiários da Apae na prefeitura e apoia a mesma política na rede de ensino. “É importante que o setor público se preocupe com a inclusão das pessoas com deficiência para que eles possam exercer a sua cidadania”, disse o prefeito.

A Secretaria Municipal de Educação, em algumas escolas já conta com o trabalho de professores no atendimento aos alunos com necessidades especiais. “A Apae pode contar com o apoio da secretaria para trabalhar em conjunto nessa caminhada”, disse o Secretário Municipal de Educação, Gil Davóglio.

Durante o seminário foram ouvidos pais, professores, alunos e especialistas e, no final, elaborado um documento de avaliação da situação na rede básica de ensino do município que precisa ser melhorada. Na rede municipal, quanto à estrutura física, as salas multifuncionais exigidas pelo MEC existem em duas escolas e serão ampliadas nas demais. Quanto ao material didático-pedagógico, a sua aquisição ocorre gradualmente e muitos professores da rede fazem cursos de capacitação.

A assessora pedagógica da secretaria municipal de Educação, Maristela Castro considerou positivo o encontro. “Esse seminário serviu para podermos gerenciar as ações para a melhoria do processo de inclusão na educação básica, temos várias questões que precisam ser aprimoradas e ampliadas, mas estamos no caminho”, disse Maristela. Os debates sobre o tema seguem em seminários estaduais, finalizando com um nacional.

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