Teorias da evolução – Por Jayme José de Oliveira
A COSMOLOGIA é o estudo da estrutura e evolução do universo desde o BIG-BANG até nossos dias. Esmiúça como evoluiu o universo, como se formaram os corpos celestes – galáxias, sistemas solares, planetas, etc. – e como se inter-relacionam.
A BIOLOGIA é a ciência que estuda a vida e os organismos vivos, sua estrutura, crescimento, funcionamento, reprodução, origem evolução, distribuição, bem como suas relações com, o ambiente e entre si.
A VIDA
Comprovada, a vida apenas existe na face dum pequeno planeta na fímbria duma das miríades de galáxias existentes, a TERRA.
Nosso raciocínio, a lei das probabilidades e a ESPERANÇA não admitem que apenas o nosso habitat tenha sido o privilegiado em abriga-la. Há duas teorias que tentam explicar sua existência e evolução.
CRIACIONISMO
Deus, Jeová, Alá ou como quisermos denominá-lo teria, com sua onipotência, criado do nada não apenas a vida como o Universo. Tudo existiria em consequência desse ato e a evolução regrada da mesma maneira. As tradições judaico-cristã e islamita, principalmente, se alicerçam no monoteísmo, o politeísmo floresceu principalmente nas civilizações greco-romanas. No presente está em plena decadência, subsiste apenas em alguns bolsões circunscritos.
EVOLUCIONISMO
Evolucionismo é qualquer teoria que explique a evolução das espécies ao longo do tempo.
Devemos creditar a três cientistas que viveram em épocas muito próximas e abordaram o assunto a partir de premissas diversas e que só foram equalizadas nas décadas de 1930 e 1940.
Jean Baptiste Lamarck (1744-1829)
Foi um naturalista francês que desenvolveu a teoria dos caracteres adquiridos, atualmente desacreditada. Personificou as ideias pré-darwinistas sobre a evolução e criou o termo biologia. Antes de 1880 era um essencialista que acreditava serem as espécies imutáveis. Através das suas experiências com os moluscos da Bacia de Paris ficou convencida da transmutação através do tempo.
Teoria da transmissão dos caracteres adquiridos.
Segundo Lamarck, a tendência dos seres para um melhoramento constante rumo à perfeição é influenciada pelo meio ambiente. Tendem a adaptar suas características pela lei do uso e desuso conjugada â transmissão dos caracteres adquiridos para as gerações futuras.
O exemplo seria o das girafas que, por se alimentarem das folhas das copas das árvores alongariam seus pescoços no intuito de atingirem alturas maiores. Os descendentes já nasceriam com essa característica.
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LAMARCK e DARWIN desde o BIG-BANG 6minutos e 9 segundos
http://www.youtube.com/watch?v=-AR3-UxXaX4
CHARLES ROBERT DARWIN (1809-1882)
Considerado, junto com o abade Mendel o pai da genética, estudou medicina na Universidade de Edimburgo e após, teologia em Cambridge. Participou da expedição do brigue HMS Beagle durante 5 anos e sua suas observações, principalmente nas Ilhas Galápagos, forneceram a base para a elaboração da sua teoria descrita no livro “A Origem das Espécies” (1859).
A defesa da tese sobre o ancestral comum por meio de seleção natural enfrentou inúmeras resistências do mundo científico contemporâneo, principalmente das religiões, por se opor visceralmente à teoria criacionista.
Chegaram inclusive a publicar caricaturas com suas feições num corpo dum símio. Hoje sabemos que todos os seres vivos são originários dum mesmo ancestral, a célula primeva.
Lamarck atribuía às influências do meio ambiente, exclusivamente, a evolução. Darwin se inclinou pela seleção sexual transmissível, agora o sabemos, pelos genes compartilhados de ambos os progenitores como Gregor Mendel (1.822-1.884) comprovou. Mendel foi o primeiro cientista a estudar com bases científicas a hereditariedade. O monge agostiniano estabeleceu a base da genética com seus estudos envolvendo ervilhas.
Este processo é semelhante ao que a Natureza processa há milhões de anos e que costumamos denominar “mutações”, cujas leis foram pela primeira vez expostas por Charles Darwin no seu livro “A Origem das Espécies” (1859). O homem também o vem utilizado desde priscas eras cruzando espécies diferentes. O abade Gregor Johann Mendel apresentou ao mundo científico o resultado de suas experiências sobre genética em 8 de abril de 1858. Utilizando ervilhas, elaborou as “Leis de Mendel”, até hoje em vigor, com seus devidos aperfeiçoamentos.
Esse estudo teve pouco impacto na época e passou despercebido dos estudiosos, inclusive Darwin. Com a redescoberta dos trabalhos de Mendel no início do século XX, os elementos envolvidos na hereditariedades foram denominados genes e a disciplina genética.
Nessa época os conceitos de genética de Mendel e mutação de Darwin eram incompatíveis e só puderam ser reconciliados nas décadas de 1930 e 1940 com a chamada “Síntese Moderna” que se baseou nos fundamentos da “Genética de População” desenvolvidos nas décadas anteriores.
Hoje podemos admitir que esses três proeminentes cientistas, cada qual à sua maneira, pavimentaram a estrada do conhecimento que, ao desvendar o genoma deu um salto de proporções incalculáveis.
RICHARD DAWKINS – (1.947)
Biólogo e evolucionista britânico (Oxford) defende um acréscimo à teoria do evolucionismo, agregando inclusive e fundamentalmente as modificações e transmissão de caracteres não somáticos.
“Cada ser que existe hoje no planeta resulta de repetidos ciclos de seleção sobre descendentes, levemente modificados. Não existe melhor ou pior, existe o mais eficiente em deixar descendentes”.
Os genes, egoisticamente, produzem o que for necessário para continuar se replicando. Sejam odores que animais reconheçam parentes ou um cérebro que gere pensamentos complexos. Descendemos de se res aquáticos que traziam em seu DNA o potencial de adaptação ao meio terrestre. Se, no futuro, o planeta for novamente coberto por oceanos, os mais capacitados a viver nas águas deixarão mais descendentes e estabelecerão o domínio sobre o novo meio ambiente.
As baleias podem servir de exemplo, foi um caminho de milhões de anos para retornarem ao mar. Sim, porque recursos como a homeotermia (capacidade de manter estável a temperatura do corpo, presente nos animais de sangue quente), a gestação interna, a amamentação, o cuidado com os filhotes etc., foram desenvolvidos por espécies terrestres e, quando algumas delas retornaram à vida aquática desenvolvendo novas e específicas adaptações, levaram consigo essas conquistas de seus ancestrais.
A cultura também se replica e modifica, essa replicação foi denominada “meme”, que se transmite de um cérebro para outro como os genes se transmitem de um indivíduo para outro.
Em coluna que se dedicara especificamente ao assunto, desenvolveremos os estudos que já foram realizados e continuam em crescente evolução sobre a “transgenia”, alterações com técnicas laboratoriais da estrutura de genes, em qualquer espécie de ser vivo, inclusive o homem.