TVs 3D holográficas serão realidade em até dez anos
Antes, o que impedia a aparição de dispositivos a la Star Wars – tal qual o que o robozinho R2D2 fazia – era a dificuldade de impor taxas de atualizações razoáveis para os hologramas, de modo a transmitir decentemente os movimentos das imagens. No entanto, uma equipe de pesquisa da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, aprimorou o sistema, que agora é capaz de processá-las quase que em tempo real – atraso de apenas dois segundos, o que é um belo avanço.
Em 2008, um aparelho de transmissão de imagens holográficas em 3D fora apresentado pela mesma equipe, mas a demora entre a gravação e a transmissão chegava a alguns minutos. Havia problemas também com a grande sensibilidade a ruídos do ambiente, além do superaquecimento do dispositivo.
Dessa vez, para corrigir as falhas identificadas, eles usaram 16 câmeras para focalizar um único objeto. Depois de filmada, a imagem é enviada, via rede Ethernet, para um computador, que a reconstrói em três dimensões. De lá, ela segue para um dispositivo a laser capaz de transmiti-la, em pulsos de 50 Hz, na forma de pixels, para uma tela plástica (ou melhor, feita de polímeros fotorreflexivos), que, finalmente, exibe a holografia 3D.
As inovações responsáveis pela melhora em relação às tentativas de 2008 são o laser – que é bem mais rápido que o usado anteriormente – e a tela, otimizada para a captura da imagem, em vez da durabilidade de seu material.
Mas, afinal de contas, como isso alterará o futuro do mercado de TVs? Bem, de acordo com os pesquisadores, as taxas de atualização mais velozes significam que, em breve, será possível utilizar a tecnologia na construção de televisores 3D holográficas, que, em até dez anos, chegarão ao mercado, possivelmente a preços competitivos.