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Visitas efetivam assessoria técnica às famílias agricultoras agroecológicas

Uma das propostas do Projeto Taramandahy – Fase II é efetuar o programa de conservação integrada dos recursos hídricos, solo e floresta, por meio da assessoria técnica para a produção ecológica de alimentos, implementação das unidades demonstrativas em sistemas agroflorestais e gestão das águas em propriedades rurais. Com patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, que visa a fomentar a produção inclusiva e sustentável, por meio de iniciativas de fortalecimento de modelos de produção e formação de redes solidárias que valorizem os territórios como espaços de organização autônomos, inclusivos e participativos, em uma perspectiva de equilíbrio entre produção, consumo e meio ambiente, a equipe do Taramandahy – Fase II conduz as visitas de assessoria técnica a vinte famílias de agricultura agroecológica, certificadas ou em fase de transição para a certificação orgânica.

Das 140 visitas previstas para os dois anos do Projeto, 90 já foram realizadas. Conforme explicam os técnicos Gustavo Martins e João Gustavo Goulart Rupp, na primeira visita é feito um diagnostico da área, verificando a produção, possibilidades da área, dificuldades vivenciadas e necessidades para efetivar a qualificação da produção. A partir deste mapeamento, a equipe inicia o trabalho com ações específicas para cada propriedade. Rupp ressalta que durante as visitas, também é desenvolvido o trabalho de formação, acompanhamento, auxilio e de resgate das produções para consumo próprio.

A melhora na qualidade dos moranguinhos orgânicos produzidos pelo agricultor Euclides Duarte Barcelos e seu filho Pedro, no Morro da Borússia, em Osório, foi possível graças à assessoria técnica do Projeto. “Desde que passamos a receber a assessoria, aprendemos muitas coisas, por exemplo, que a doença não está na planta, mas no solo e assim, nós estamos melhorando o solo. Com as inovações de enriquecimento de nosso solo trazidas, a terra já mudou bastante”, observa.

Seu Euclides havia desistido de plantar morango, em função das dificuldades que envolvem o plantio, e por não ter, na época, condições de plantar sem o uso de defensivos. Neste ano, recomeçou a produção com o apoio técnico e uma compreensão sobre a agroecologia: “O morango produzido de forma convencional se torna mais caro, pois ele prejudica o organismo, as pessoas podem passar mal ao comê-lo e têm que se medicar”, alerta.

As visitas de assessoria técnica propostas pelo projeto Taramandahy – Fase II ocorrem até 2015, efetivando a assistência às famílias agricultoras.

Veja abaixo algumas atividades realizadas durante as visitas de 2014:

– Implementação e acompanhamento de agroflorestas e de culturas agroecológicas, cultivando morango, banana, maracujá, feijão e hortaliças;

– Colheita de sementes e estimulo à formação de banco e troca de;

– Monitoramento de voltímetro nas cercas elétricas e limpeza dos bebedouros dos piquetes do Sistema de Pastoreio Rotativo Voisin (PRV);

– Elaboração e acompanhamento da aplicação de caldas e biofertilizantes;

– Auxilio na elaboração de compostagem;

– Acompanhamento de áreas de adubação verde de inverno;

– Avaliação das instalações de suínos para adequação e beneficiamento dos resíduos;

– Avaliação da implementação de tratamentos de efluentes domésticos;

– Acompanhamento da produção de aves;

– Assessoria para acessar fundos de financiamento;

– Acompanhamento da comissão de ética da Rede Ecovida para auditoria de conformidade orgânica participativa.

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