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Yeda faz balanço de 15 meses e promete chegar a 2009 com a casa em ordem

Conquistas de 15 meses de gestão do Estado foram divididas nesta quinta-feira (17) com a sociedade pelo Governo Yeda Crusius. No balanço feito no Palácio Piratini, a exibição de duas peças publicitárias destacou ações e medidas do novo jeito de governar, que enfatizam o enfrentamento de problemas históricos e a resolução de obras paradas há mais de 30 anos. Outro aspecto destacado foram as ações do Executivo para conquistar o investimento de R$ 4,9 bilhões da Aracruz Celulose, o maior empreendimento privado da história do RS.

Na relação de fatos positivos para o Estado, estão a consolidação do Pólo Naval na Metade Sul, o êxito do processo de vendas de ações sem direito a voto do Banrisul, o lucro recorde de R$ 1 bilhão da instituição e os acordos firmados do banco para diminuir problemas financeiros de prefeituras. “É uma virada de página, um novo momento, uma nova fase”, comemorou Yeda. Apenas o empreendimento da Aracruz, “é uma GM, um Pólo Petroquímico e mais alguma coisa”, afirmou.

Quando for concluído, o investimento da ampliação da produção de celulose irá criar mais 100 mil novos empregos no Estado, ressaltou. “Precisamos preparar a nossa gente”, acrescentou a governadora. Outro avanço enfatizado foi a recuperação da credibilidade internacional do Rio Grande do Sul com o acerto do empréstimo de US$ 1 bilhão com o Banco Mundial para a redução do custo da dívida.

Resgate da confiança
Uma nova realização do governo foi ter recuperado a confiança na Consulta Popular, ao assumir o pagamento de R$ 370 milhões de débitos passados. Problemas históricos, como a conclusão da Rota do Sol, o fim do conflito com as prefeituras sobre o financiamento do transporte escolar, também foram resolvidos. “Agora é lei e tem reserva no orçamento para o que foi acordado com os prefeitos”, frisou Yeda.

Nesse tempo, o Estado teve superávit primário de R$ 954 milhões em 2007 e ainda pagou dívidas. Para a governadora, no entanto, a melhor notícia, por estar na base dos avanços do Estado, “foi o ajuste fiscal, a decisão política de fazer o ajuste”.

Com o ajuste fiscal foram economizados, sem a renúncia ou corte de qualquer serviço público, R$ 300 milhões no ano passado. “O ritmo do Rio Grande do Sul em 2007 foi pujante”, assinalou. Ainda que os resultados tenham melhorado, o déficit não está resolvido e o governo não desistiu de fazer o ajuste, complementou a governadora.

“O ajuste ganha porte, qualidade e é compreendido por toda a burocracia do Estado. Chegaremos a 2009 com a casa em ordem”. Yeda Crusius agradeceu aos servidores, secretários e população por acreditarem na proposta do governo.

Se não tivesse havido um “período corajoso de ajuste rigoroso das contas, até hoje ainda estaríamos esperando na fila para conversar com os organismos financeiros internacionais e os responsáveis pelo orçamento da União”, resumiu Yeda. Ela elogiou o secretário da Fazenda, Aod Cunha, como o grande defensor do sério ajuste de contas desde a campanha. Havia duas opções iniciais: “Criar subterfúgios políticos e administrar, dia-a-dia, o caos, ou colocar o dedo em algumas feridas não cicatrizadas”.

Riscos assumidos
De acordo com Yeda, o segundo caminho foi escolhido. “Assumimos os riscos necessários, pagamos os riscos políticos decorrentes e optamos pelo realismo, transparência, diálogo franco e aberto e enfrentamento dos desafios”, falou a um salão repleto de assistentes, entre prefeitos, dirigentes de Coredes, parlamentares, secretários e convidados. “O governo não precisou parar para as finanças públicas serem saneadas. Ao mesmo tempo, forneceu um fluxo continuado, aumentado e qualificado dos serviços necessários à população”, analisou.

Para o secretário-geral de Governo, Delson Martini, “esta semana marca uma nova era para o Rio Grande do Sul”. O Estado, assinalou, restabeleceu a confiança da União, dos empresários e dos organismos internacionais. “Definitivamente, o Rio Grande do Sul se mostra um dos pólos mais importantes e mais atrativos para investimentos, porque o trabalho de 2007 começa a apresentar resultados”, afirmou. Não seria possível obter o apoio às duras medidas adotadas em 2007 se o governo não tivesse um rumo, um caminho como agora está demonstrado, frisou o secretário.

Lista de investimentos
Na avaliação do secretário, mesmo sem estar completo, o projeto do governo do Estado trouxe conquistas importantes à população. “O balanço de 15 meses marca o momento de conquista da confiança internacional pela governadora Yeda Crusius na sua viagem ao exterior”, disse Martini. Mas ele fez uma observação sobre a continuidade da nova fase do Governo, marcada recentemente pelos investimentos de quase R$ 5 bilhões da Aracruz: “Temos uma lista enorme de outros investimentos a serem anunciados no Rio Grande do Sul”.

Ninguém investe num Estado “se as expectativas em relação ao futuro não forem positivas, se não existe certeza de que o Estado não pode prover a infra-estrutura”, salientou Martini. A confiança no Rio Grande do Sul foi restabelecida ao elogiar o trabalho de todo o governo na redução do custeio da máquina, no maior superávit primário em 37 anos, na garantia de energia pela CEEE, no licenciamento ambiental, no término de obras, na dragagem do porto de Rio Grande e diversas obras. “A partir de hoje, a sociedade passa a ter contato mais próximo com governo”, citou Martini, numa referência à campanha publicitária do Governo.

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