Saúde pede mobilização de municípios contra a dengue
Representando o secretário da Saúde, Osmar Terra, a diretora-geral da Secretaria da Saúde, Arita Bergmann, falou, nesta segunda-feira (21), sobre a importância da mobilização contra a dengue, tanto por parte de gestores como da população. A afirmação ganhou eco nas palavras do presidente da Associação dos Secretários e Dirigentes Municipais de Saúde (Assedisa), Roberto Miele. Ele destacou o trabalho efetivo do Estado e dos municípios no combate à dengue no ano passado.
Na intenção de aumentar a mobilização, o governo do Estado, através da Secretaria da Saúde (SES), convidou para uma reunião, nesta segunda-feira, representantes de 61 municípios gaúchos (confira lista abaixo) onde existe infestação do mosquito transmissor da dengue, o aedes aegypti.
O diretor do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Francisco Paz, explicou o plano de ação do Estado diante de uma nova e provável epidemia da doença. “Precisamos incentivar as atividades para detectar a circulação viral da doença, efetivando os bloqueios necessários para impedir a transmissão. O importante é o combate ao vetor de dengue, o mosquito”, ressaltou.
Franscisco Paz enumerou ações que são e serão implantadas no Rio Grande do Sul. Um exemplo é o incremento das unidades sentinelas nos municípios com infestação. O Cevs, vinculado à SES, mantém um sistema de alerta e vigilância permanente sobre a dengue. Está capacitando técnicos dos municípios prioritários e também profissionais da rede pública e privada no manejo e diagnóstico clínico da doença.
A SES realiza trabalho de fronteira com o Uruguai e com os estados do Codesul (RS, SC, Paraná e Mato Grosso do Sul). Agentes também estão sendo treinados para a batalha contra a doença e o mosquito transmissor. Prédios públicos vêm sendo periodicamente vistoriados por agentes sanitários.
Legislação
Francisco Paz informou que o Cevs está estudando uma proposta de legislação que venha a contribuir para que o Rio Grande do Sul não sofra com a dengue. “A proposta dará suporte ao Programa de Controle da Dengue no RS e dependerá de uma discussão no Legislativo”, explica.
Os estudos apontam a necessidade de garantia de medidas de controle sanitário e de acesso a áreas de risco, o que implica restrição de uso de plásticos descartáveis e proibição de depósitos a céu aberto em borracharias, ferros-velhos e similares. A idéia é tornar a dengue um tema do currículo das escolas de ensino fundamental no RS. Também estão em andamento estudos para criação da Central de Ultra-Baixo Volume (UBV)e de utilização de carros borrifadores, além da capacitação de mais profissionais para o manejo desses equipamentos.
Premiação
A diretora-geral da SES e também secretária adjunta, Arita Bergmann, lembrou que, a partir de agora, os dez municípios que mais reduzirem a infestação estarão concorrendo a uma premiação do Estado. Para Arita Bergmann, o objetivo é intensificar as ações para diminuir os focos e conscientizar a população. “O Estado terá um grande prejuízo se uma epidemia de grande escala chegar, pois os hospitais receberão uma demanda de muito alta. Sem contar o prejuízo financeiro, pois a pessoa fica, em média, parada por mais de 15 dias”, observou.