Policial

Deputado destaca falta de efetivo na Policia Civil

O deputado Marquinho Lang (Democratas) utilizou a tribuna na tarde desta terça-feira (08) para falar da falta de efetivo na Policia Civil e destacou que o Estado conta hoje com aproximadamente 4 mil e 900 policiais civis, o que representa em torno de 50% do efetivo necessário e previsto para a década de 80.

Marquinho leu o ofício assinado pelo  presidente da UGEIRM – Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Estado do Rio Grande do Sul, Isaac Ortiz: “Mais de 20 anos passaram, a população aumentou e a criminalidade aumentou. Nossos crimes surgiram e a sociedade, cada vez mais, clama por eficiência na segurança pública. Em contrapartida a isso temos, hoje, no Estado, cerca de 250 inspetores que já cursaram a Academia de Polícia e estão prontos para servirem à sociedade gaúcha. A governadora Yeda Crusius declarou que este será o ano da segurança pública, nesse sentido, entendemos que há sensibilidade por parte do governo em resolver a enorme defasagem de efetivo da Polícia Civil. Por isso tudo solicitamos a V. Exa. que interceda junto ao governo para que, imediatamente, sejam nomeados esses 250 inspetores que já concluíram o curso de formação em dezembro do ano passado. Cabe salientar que esses profissionais foram forçados a quebrar seus vínculos empregatícios para realizarem o curso na Academia de Polícia e atualmente não têm nenhuma segurança que lhes permita a manutenção própria e de seus familiares.”

Lang destacou que leu o manifesto por se tratar de um problema anunciado e pelo qual já passamos no ano passado, que foi a ocasião em que os escrivães acamparam por vários dias esperando a sua nomeação. “O que vem acontecendo no Estado é uma coisa estranha em relação a cursos, quando fiz o meu curso, no dia da minha formatura, automaticamente nós éramos já relacionados, no caso dos policiais, para delegacias. Esses policiais que se formaram em dezembro passam por várias situações no seu dia-a-dia, só para termos uma idéia, eles estão realizando estágio nas delegacias e recebem um valor abaixo da remuneração que receberão quando forem nomeados. É evidente que vão passar por situações diversas, hoje já são reconhecidos como policiais e se amanhã ou depois acontecer como aconteceu com os escrivães, que não foram nomeados, levaram algum tempo para ser nomeados e que eram reconhecidos na rua como sendo policiais fazendo estágio e, depois, sem nenhuma condição financeira até para manter a sua vida e as suas condições próprias?” ressaltou o deputado.

Marquinho disse que vai encaminhar o manifesto, como presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, à Secretaria de Segurança Pública, à Casa Civil, ao governo do Estado, participando ativamente desse momento, para que não tenhamos, amanhã ou depois, novamente um problema que são essas dificuldades que os nossos policiais vêm enfrentando. “Vários deputados já foram interpelados por esta situação para que, amanhã ou depois a nossa Assembléia, os nossos deputados não tenham que enfrentar problemas, porque esses policiais são deslocados a outros municípios, muitas vezes se deslocam de um município para outro, e não têm condições financeiras para isso, nem para levar as suas famílias para os municípios onde prestam serviços, e nem tampouco terão condições financeiras para manter a sua vida pessoal. Quero colocar essa nossa responsabilidade que temos de fazer os encaminhamentos. Esse é um encaminhamento, não é uma crítica, mas um encaminhamento para que a gente possa, rapidamente, resolver esse problema que os policiais vêm enfrentando hoje”, finalizou o deputado Marquinho Lang.

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