Remédio único contra Aids começa a ser distribuído em 2009
O remédio único contra a Aids que está sendo fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) não deve chegar aos pacientes brasileiros antes do próximo ano. A informação é da coordenadora de Assuntos Institucionais de Farmanguinhos/Fiocruz, Lícia de Oliveira.
— A equipe acreditava em um desenvolvimento mais rápido, mas alguns requisitos não previstos ocorreram e houve necessidade de algumas modificações e novos testes para que o produto ficasse mais próximo dos genéricos.
A vantagem do medicamento — que possui os princípios ativos zidovudina, nevirapina e lamivudina — é diminuir o número de remédios tomados pelos pacientes, contribuindo para a adesão ao tratamento.
Em muitos casos, é necessária a ingestão de até 60 comprimidos por dia, como parte do coquetel antiaids, o que desestimula os doentes a prosseguirem com a terapia.
A Fiocruz investiu até agora R$ 1,5 milhão no desenvolvimento da pílula única. O custo do tratamento por paciente, com o coquetel antiaids, é de US$ 1,7 mil ao ano, totalmente bancado pelo governo brasileiro.