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Dívida pública federal ultrapassou R$ 1,3 trilhão em agosto

A emissão elevada de títulos e a alta dos juros e do dólar fizeram a dívida pública federal ultrapassar R$ 1,3 trilhão. De acordo com relatório divulgado hoje (24) pelo Tesouro Nacional, a dívida pública fechou agosto em R$ 1,319 trilhão, 1,66% maior que o valor de R$ 1,297 trilhão registrado em julho.

A dívida pública mobiliária (em títulos) interna aumentou 1,56%, passando para R$ 1,223 trilhão. Segundo o Tesouro, contribuíram para esse resultado o fato de as emissões terem superado os resgates de títulos em R$ 6,1 bilhões e a apropriação de juros de R$ 12,6 bilhões.

Por causa da depreciação do real, a dívida pública externa subiu 3% em agosto, atingindo R$ 96,3 bilhões. Esse resultado deve-se à elevação de 4,33% da cotação do dólar no último mês.

Mesmo com o aumento na dívida pública interna e externa, o estoque ainda está abaixo do limite mínimo de R$ 1,36 trilhão estabelecido no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2008. No final do mês passado, o Tesouro revisou para baixo esse limite, que originalmente era de R$ 1,48 trilhão para o encerramento do ano.

Apesar da subida, a dívida pública registrou melhora no perfil. A participação dos títulos prefixados (que têm juros definidos com antecedência e garantem maior previsibilidade ao Tesouro para administrar a dívida pública) passou de 30,88% em julho para 31,45% em agosto.

As recentes elevações da taxa Selic também fizeram o percentual dos papéis vinculados aos juros básicos subir em agosto.

De acordo com o relatório do Tesouro, esses títulos responderam por 39,82% da dívida mobiliária no último mês, contra 39,66% em julho.

As turbulências no mercado financeiro, no entanto, reduziram o prazo médio da dívida pública, que caiu de 43,41 meses em julho para 42,66 em agosto. Segundo o Tesouro, essa queda ocorreu porque o governo só conseguiu colocar títulos no mercado com prazos menores.

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