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Padilha se diz vítima de espionagem ilegal

A estratégia do deputado federal Eliseu Padilha (PMDB) em relação ao inquérito da Operação Solidária que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e no qual seu nome é citado será baseada no argumento de que foi alvo de espionagem ilegal, segundo informou Zero Hora.

O parlamentar afirma que, apesar de protegido pelo foro privilegiado (como deputado federal, só pode ser investigado com autorização do STF), teve um telefone celular monitorado, e amigos seus foram grampeados.

O suposto excesso de interceptações telefônicas — o número de pessoas grampeadas pode chegar a 40 — também será lembrado para reforçar o leque de supostas ilegalidades que teriam sido cometidas pela Polícia Federal (PF), responsável pela investigação.

A defesa de Padilha deverá ser concluída na terça-feira e não tem data para ser apresentada à Corte. A Operação Solidária apura desvios de recursos em obras de infra-estrutura na Região Metropolitana.

A defesa de Padilha vai atacar os agentes federais que fizeram a análise dos diálogos interceptados para rebater a conclusão de que ele teria sido designado como “número 1” em diálogos. O parlamentar pretende acusar os analistas de generalizar informações, fabricando suposições e incluindo o rótulo de “número 1” por dedução.

O inquérito que investiga Padilha e o também deputado federal José Otávio Germano (PP) está há uma semana sobre a mesa do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. Em tramitação no Supremo desde o dia 1º de agosto, o caso está pela segunda vez sob aos cuidados de Souza.

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