Horário de verão resultará em economia de 0,5% do total consumido no Estado
O horário de verão, que se iniciou à meia-noite deste sábado (18), deverá provocar redução de 4,6% no horário de demanda máxima do sistema no Rio Grande do Sul e queda no consumo total de 0,5%. Com isso, o Estado economizará cerca de 48.700 MWh – equivalente ao consumo anual de Capão da Canoa, com 36 mil habitantes. O horário de verão segue até as 24h do dia 14 de fevereiro de 2009.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), a previsão é que a economia no consumo no país fique entre 4% e 5% na demanda no horário de pico – cerca de 2,3 mil megawatts (MW). Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a redução estimada na demanda é de 4,4% ou 1.790 MW – o dobro da carga no horário de pico de Brasília ou 65% da cidade do Rio de Janeiro. Na Região Sul, o valor deverá ser de 528 MW, correspondente a 75% da carga de pico de Porto Alegre. No Rio Grande do Sul, a economia é da ordem de 165 MW.
Pico de consumo deve ocorrer entre fevereiro e abril
Segundo o diretor de Transmissão do Grupo CEEE, José Francisco Pereira Braga, o horário de verão é importante, por amenizar os efeitos de crescimento do consumo nos períodos de maior demanda, especialmente pelo desencontro do uso da energia pelos diferentes segmentos de consumidores.
Para o verão, o pico de consumo esperado pelo Grupo CEEE deve ultrapassar os 5000 MW entre fevereiro e abril, época em que os termômetros registram temperaturas superiores aos 35ºC. O último recorde registrado pela Companhia no Estado foi no dia 10 de janeiro de 2008, às 14h31min, quando a temperatura era de 35,6ºC, quando foi registrada demanda de 4.823 MW. Ao contrário do restante do país, a demanda máxima no Estado tem sido registrada entre 14h e 16h, quando há coincidência de atividades, em conjunto com as cargas de refrigeração utilizadas por todos os segmentos de consumo, intensificada nos dias mais quentes, tendência que deve se repetir no próximo verão.
Na área de atuação da CEEE-D, responsável pelo atendimento a 72 municípios das regiões Sul e Sudeste, a economia será de cerca de 17.700 MWh, ou o equivalente a dois meses do consumo de energia em Bagé, que tem uma população superior a 122 mil habitantes. A CEEE é responsável pela geração hidrelétrica em 16 usinas, pelo transporte da energia a todas as regiões do Estado e pelo atendimento direto a 1,4 milhão de consumidores.