Xangri-Lá: pobre cidade rica II
O prédio do Legislativo estava sofrendo reforma e ampliação, com a implantação de um terceiro pavimento, o que contraria a legislação vigente que estabelece Zona 1 na Avenida Paraguaçu, onde podem ser construídos prédios com até 4 pavimentos.
Nas demais ruas do balneário de Xangri-Lá é Zona 2, podendo ser construídos prédios com até 2 pavimentos.
A Câmara estava levantando mais um pavimento e segundo soube, sem o devido processo junto a Secretaria de Obras do município.
Pois a Prefeitura acabou por embargar a obra, o que é quase inusitado.
SONHAMOS, O VEREADOR PINGO E EU
Falando em Legislativo, faz alguns dias ao chegar lá encontrei o Vereador Lonir Batista Alves, o Pingo, e este sorrindo disse-me que havia sonhado comigo.
Eu gremista e ele torcedor do outro time.
É algo incomum, mas os sonhos são assim mesmo.
Não encontram explicação dentro da lógica.
Pois esta semana tive, não sei se um sonho ou um pesadelo.
Sonhei que o senhor Prefeito, depois de deixar o Executivo estava em Porto Belo, estado de Santa Catarina, administrando uma pousada que teria herdado de seus falecidos sogros.
De repente acordei.
Levantei, tomei um copo de água mineral e ainda incrédulo, vim para o computador para terminar artigos que escrevo para alguns sites e que havia deixado para o dia seguinte.
Como custei a dormir novamente, até acredito que tenha sido um horrível pesadelo.
IPTU EM DIA GERA MELHORIAS PARA NOSSA CIDADE
Sob este título, a Prefeitura está remetendo aos contribuintes um folheto de propaganda de suas grandiosas realizações.
Pura empulhação e mentira descarada.
Vamos observar apenas dois itens que saltam aos olhos de quem não nasceu incauto.
Reposição de lâmpadas da iluminação pública.
MENTIRA, senhor Prefeito, pois para que tenhamos tal serviço foi acrescida à Constituição Federal uma nova taxa denominada de CONTIBUIÇÃO PARA ILUMINAÇÃO PÚBLICA conhecida pela abreviatura que é CIP.
Cada residência consuma ou não energia elétrica paga mensalmente R$ 5,00.
Essa arrecadação mensal deve andar na casa dos R$ 80,0 mil e não se sabe quanto é gasto.
Eu disse deve por que o senhor de forma desavergonhada esconde estes dados aos contribuintes, descumprindo assim preceito constitucional.
E o senhor assim age por entender dentro de sua limitada capacidade de respeito que isto aqui é uma capitania que lhe foi outorgada na eleição.
Isto e uma mentira vergonhosa, pois não é recurso do IPTU.
Para não nos alongarmos, vou ressaltar mais uma.
Primeiros canteiros da Avenida Central de Atlântida.
Pois, cobrado pelo Legislativo, o senhor informou que tal obra de tamanha envergadura era de autoria de um loteador, loteador este a quem o senhor vendeu parte de uma Avenida de Atlântida com a conivência de 5 vereadores que penso tenham estado numa noite muito infeliz, pois ruas e avenidas são bens públicos inalienáveis.
Dito isto chego à conclusão de que o senhor está acometido de uma moléstia, pois uma pessoa normal não consegue mentir tanto.
SECRETÁRIO DE OBRAS
O meu vizinho e amigo senhor Luiz Alberto Moura Cabelleira, Corretor de Imóveis, hoje Secretário de Obras, determinou o arquivamento sumário de um requerimento meu quanto à regularidade de um conjunto de lojas situado na esquina da Avenida Paraguaçu com a Avenida Jacuí, construção do Secretário anterior e hoje exercendo a vereança, senhor Gilberto Santo Tarasconi.
Ocorre que o senhor Tarasconi, desde que retornou à Câmara vinha me hostilizando, sendo que a última provocação ocorreu na véspera da Audiência Pública que mandou os tais prédios de 12 pavimentos para as calendas gregas.
Não satisfeito e desconfiando que referida obra pudesse ser irregular, fui até a Prefeitura e de lá fui encaminhado à Secretaria de Obras. Naquela, me foi informado que não havia prontuário, logo a obra teria sido erguida sem o conhecimento da Prefeitura.
Requeri certidão de regularidade e o meu amigo Alberto Cabelleira lascou o seguinte despacho: ”Tendo em vista que o requerente não comprovou a propriedade do imóvel, não juntado ao processo a certidão de matrícula do mesmo, remeto os autos ao arquivo uma vez que não é permitido o fornecimento de documentos a terceiros, tais como certidões”.
Por entender que tais documentos não são secretos, fui ao MP solicitando providências.
Aqui me parece que se aplica o velho ditado de que “Lobo não come lobo”.
Lembro que já faz algum tempo, voltávamos o Cabelleira e eu, no carro dele, de uma audiência na JT onde um vigarista pretendia extorquir dele algo em torno de 40,0 mil reais.
Lembro também que durante nossa conversa ele me disse que ficara impressionado com um texto que eu lhe havia encaminhado, via e-mail, cujo título era: “Pequena ética, grande ética.”.
Entristece-me o fato de que o meu amigo mudou depois de obter emprego na Administração Municipal.
Quem quiser saber mais sobre Xangri-Lá onde resido, basta acessar o www.praiadexangrila.com.br , por mim mantido e editado.
Até a próxima se Deus assim o permitir.