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Feira do Livro de Capão da Canoa: não se roubam as asas dos sonhos

Não sei se não é isto o que está prestes a acontecer durante a Semana Santa nas ruas de Capão da Canoa. Não era preciso tamanho despotismo.
Infelizmente, é o que os endinheirados e gananciosos tubarões estão querendo: – abortar os sonhos e o trabalho de$intere$$ado da Comissão Organizadora da 2ª Feira do Livro de Capão e dos que apenas desejavam homenagear a cultura!

A grande imprensa da Capital, nesta quarta-feira, através de matéria (certamente paga) e de outra seção (com publicação gratuita, vez que a ela inutilmente enviamos release e fôlderes) dá destaque tão somente ao “mega-evento”.

INIMIGOS NA TRINCHEIRA. – Na última terça-feira, a dois dias da abertura oficial da Feira do Livro, as pirâmides (oito) que acobertarão os estandes da Feira do Livro não haviam sido erguidas. Soube-se que, por negligência(??) de um funcionário municipal, do setor responsável(?) pela a contratação, a empresa vencedora sequer fora avisada. Mas nós, os membros da Comissão, não somos apenas sonhadores. Somos, antes de tudo, teimosos. Como diria  Dolores Ibárruri Gómez, durante a Guerra Civil Espanhola, ao se referia ao fato de resistir às forças sublevadas (fascistas) que tentavam tomar Madri: “NO PASARÁN!”.

POBRES ESTUDANTES. – Um conhecido secretário municipal de Xangri-Lá, durante nossa répináigti das quartas-feiras, me provocou afirmando que “não adianta o sonho de promover a cultura por aqui”. Por ele também exercer as funções de professor(?), respondi-lhe que tinha uma imensa compaixão de seus pobres alunos.
 
A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR. –
Não fora gratuitamente que se destinou a cada membro da Comissão Organizadora da 2ª Feira do Livro a competente e legal portaria, o documento oficial que delega à Comissão a responsabilidade pela formatação de todo o evento: cursos, oficinas, concursos, apresentações musicais, teatrais, convite aos escritores para sessões de autógrafos e, sobretudo, a soberana escolha do nome do patrono.

Paira no ar o risco iminente de um importante convidado não mais comparecer ante o “desvio de percurso de informação” por quem pretendeu fazer “média” com o ilustre escritor. Fosse eu a “vítima” da “barrigada”, agiria de igual forma, como parece ter sido a decisão do referido convidado.

Por que, então, fora designada uma Comissão? Por que os quase dez meses de dedicado trabalho de cada um de seus membros? Se fosse para outros colherem os louros, garanto que minha participação não se daria, simplesmente, por diletantismo! Há uma significativa distância entre ser voluntário e ser “o bom samaritano”.

Ainda estamos torcendo para que esta situação, ao menos, seja superada, já que a lá de cima agora é irreversível!

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