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Febre amarela volta a aparecer no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul teve um caso de óbito por febre amarela no dia 25 de dezembro último. E há mais duas suspeitas de ocorrência da doença no estado. Um dos casos foi notificado terça-feira (6) e está sendo analisado pelo Instituto Adolfo Lutz. Segundo o diretor do Centro Estadual de Vigilância e Saúde, Francisco Paz, o outro caso foi notificado hoje (8).

De acordo com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, o caso de morte ocorreu na cidade de Santo Ângelo, na Região das Missões, noroeste do estado. A vítima foi uma dona de casa, de 31 anos, que adquiriu a doença provavelmente na zona rural de Eugênio de Castro. A secretaria informou que há 42 anos não se registravam casos de óbito por febre amarela no estado.

“Temos certeza de que a circulação do vírus nas nossas matas se espalhou nos últimos três meses. Tínhamos 52 cidades em risco, agora temos cento e nove” afirmou Paz.

Os municípios que estão na área de risco ficam no noroeste gaúcho. A área atinge quase 25% do estado, e a população exposta é de cerca de 1,50 milhão de pessoas, das quais metade já foi vacinada, acrescentou o diretor do Centro Estadual de Vigilância e Saúde.

A confirmação da área de risco é feita pelo número de macacos mortos infectados com a doença. Se um município constata mortandade de macacos por febre amarela, sua população e a das cidades ao redor é vacinada contra a doença.

“A situação está sob controle, mas o fenômeno sobre o macaco, não. E sabemos que a Argentina está tendo o mesmo problema, na região equivalente”, ressaltou Paz. Ele informou que está sendo feita uma investigação sobre a febre amarela nos macacos da região e que uma equipe do Ministério da Saúde irá visitará a área segunda-feira (12).

O secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, orientou moradores da região e turistas que a visitarem a tomar a vacina contra febre amarela, mas descartou a possibilidade de epidemia no estado.

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