RS-389, rodovia ou ciclovia
Rodovias se destinam ao trânsito de veículos automotores e são construídas com os tributos pagos pela sociedade. Pelo menos assim penso. Pois ontem à tarde, tendo hora marcada com um cardiologista, em Torres, sai de casa duas horas antes. Tomamos a Estrada do Mar a partir de Capão da Canoa.
Depois de rodar alguns quilômetros passei a visualizar alguns ciclistas passeando pelo acostamento no mesmo sentido em que trafegávamos. Mais adiante encontrei certo congestionamento e tão logo vislumbrei uma reta em que não havia indicação na pista que proibisse a ultrapassagem, inicie a mesma.
Passei por alguns outros veículos dentre os quais uma ambulância do SAMU e uma camioneta do policiamento ostensivo rodoviário do estado. Tão logo ultrapassei a mesma, esta saiu no meu encalço. Como não sou bandido imediatamente fui ao acostamento.
Confesso que estranhei a presença do policiamento ostensivo rodoviário que, depois de encerrada a temporada, some literalmente. A referida viatura encostou ao meu lado e aos berros um brigadiano, do alto de sua “otoridade”, gritou para que me colocasse atrás da camioneta deles. Tentei argumentar, mas a ”otoridade” estava emocionada e não quis me ouvir.
Pretendi argumentar que tinha hora marcada com o médico em Torres às 16horas. Depois desta humilhação, só me restou ficar tal como um cordeirinho, na fila.
E assim fomos conduzidos até o centro de Torres, pois a rodovia havia sido transformada em “ciclovia”. Não amigo leitor, você não entendeu mal e nem eu escrevi outra coisa. De Capão da Canoa, num trecho de cerca de 60 quilômetros até Torres, consumimos exatos uma hora e cinqüenta minutos.
Assim a “otoridade” procedeu comigo e com todos os demais que pretenderam rodar dentro dos limites da rodovia que são 80 km/hora. Lembro que vimos diversos recipientes, destes que usados para beber líquidos, jogados na rodovia, demonstração clara da falta de educação dos que participaram to tal passeio ciclístico, mais importante que todos os condutores de veículos que usavam rodovia, construída e destinada ao tráfego de veículos automotores e não de tração animal.
Havia um elevado número de motocicletas do estado envolvidas neste passeio. Uma delas passou a rodar ao lado da camioneta já referida e um dos tripulantes da mesma alcançou ao motociclista um copo de água com propaganda da Corsan. Posso, pois concluir que em nossas absurdamente altas contas de água, ali estávamos pagando a distribuição dos referidos copos.
Pagamos IPVA, conta de água e acabamos sendo humilhados por uma administração que qualifico como desgoverno de dona Yeda. Por volta das 17h30min, realizada a consulta ao médico, tomamos o rumo de casa, só que desta vez pela BR-101, pois ali tinha e tenho a certeza de que a insensatez do que ocorreu na Estrada do Mar, jamais ocorrerá.
Até a próxima de Deus assim o permitir.