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Salva Surf lança marca social

Com oito anos de experiência nas praias de Florianópolis, a Salva Surf Brasil promove um importante trabalho de treinamento e capacitação de surfistas voluntários com ensinamentos básicos de primeiros socorros e salvamento aquático. Desde 2000, cinco mil voluntários já passaram pelo curso e cerca de duas mil vidas foram salvas. Agora, o objetivo é desenvolver células da organização em várias cidades brasileiras e firmar o conceito de que salvar vidas é um dever de todos.

A principal ação é treinar surfistas voluntários, não só em salvamento aquático, mas principalmente em atendimentos de primeiros socorros. Porque em qualquer situação de acidente, seja no mar ou na terra, ele poderá tirar a pessoa da situação crítica e aguardar a chegada do Corpo de Bombeiros para que atue com mais eficiência ao socorro da vítima, explica Luiz Fernando do Prado, diretor de marketing do Salva Surf Brasil e idealizador do projeto, ao lado de Bira Schauffert.

Para implantar as células e sustentar a estrutura em cada cidade, Prado desenvolveu uma linha de confecção de bermudas e camisetas com o objetivo de arrecadar verbas para financiar o projeto. O Salva Surf Resgate está se transformando na primeira marca de surf social do Brasil. Ou melhor. Não queremos ser marca e sim uma causa nobre ajudando a salvar vidas, afirma. No projeto, outras ações estão previstas. Queremos cuidar de crianças em alto risco social e para isto, um percentual da venda dos produtos será utilizado para que possamos desenvolver trabalhos socialmente corretos e auto-sustentáveis.

No planejamento da ONG, as células oferecerão oficinas em diversas áreas. Queremos ensinar, educar e profissionalizar crianças e adolescentes, mantendo o foco que é salvar vidas. A atividade de toda proposta pedagógica será voltada para estimular o interesse em busca de aperfeiçoamento educacional e profissional, criando vínculos com o esporte, com a computação gráfica, trabalhos serigráficos, aulas de inglês e fotografia.

Até o momento, a Salva Surf Resgate já passou por duas cidades e novas unidades já estão firmadas. Estivemos no Rio de Janeiro e conversamos com o surfista profissional Jerônimo Telles que abraçou a causa. Depois, fomos até o Guarujá fechar um acordo com o bicampeão brasileiro Jojó de Olivença, que também viu com bons olhos a proposta. Já estamos planejando o início das atividades nessas duas cidades, comenta Luiz Fernando, que levará os profissionais de Santa Catarina para treinar e orientar os novos representantes.

Além dos cursos, outras ajudas permitirão que as entidades, tanto do Rio de Janeiro como de São Paulo, mantenham suas atividades em funcionamento. A proposta é oferecer cursos de atendimento de primeiros socorros e salvamento aquático para adolescentes e também ajudar com roupas, lycras, sungas e algum suporte financeiro. Neste caso, um percentual das vendas das roupas Salva Surf Resgate, nas lojas das regiões onde possuem células, será destinado aos parceiros.

Para quem quiser investir no projeto, existem alguns caminhos. Estamos construindo um site onde as pessoas poderão se candidatar e mostrar seu interesse. Outra forma importante de nos apoiar é comprando nossas camisetas e bermudas, ajudando a difundir a causa, comenta. A ONG visitará também faculdades do país para oferecer cursos de primeiros socorros e chamar a atenção da importância de estar preparado para salvar vidas.

Em seus oito anos de atividades ininterruptas, a Salva Surf Resgate Brasil fez inúmeras doações para instituições como Corpo de Bombeiros, escolas públicas e hospitais infantis. Os itens vão desde kits de primeiros socorros até recursos em espécies como pranchas de salvamento. Solicitamos a ajuda da população, que pode colaborar doando equipamentos náuticos e de salvamento, além de kits de primeiros socorros, materiais para sala de aula, entre outros.

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