Falando simples e abertamente
E a primeira lembrança que me acode é o estado de mais completo abandono e a má conservação do Calçadão à Beira-Mar. Imensas crateras “recheiam” o percurso, pondo em riscos os que por ali transitam.
A faixa de areia urge pela eficaz varrição e o recolhimento dos detritos ali depositados.
A Ubirajara, por sua vez, “menina dos olhos” dos incorporadore$ e construtore$, gozou desse título até que última foto fosse batida para vender o “produto” da construção civil. O mato e a quantidade excessiva de areia predominam naquela rua.
O dono da caneta é o prefeito Amauri Germano. A ele cabe, não apenas a nomeação do novo titular da Secretaria de Obras e Saneamento, mas dar ao futuro secretário a necessária autoridade e determinação para executar os projetos urgentes, com o apoio de equipe que lhe seja leal, que não lhe “puxe o tapete”.
Em meio a isso tudo, e em que pese o arrepio das elites e da direita festiva caponense, o balneário está em franco e louvável processo de democratização: A classe operária vai ao Paraíso!!! (título de filme político italiano dos anos 70, dirigido por Elio Petri).
Desapareceram do entorno da Sepé e da Pindorama as “patricinhas” e as elegantes “socialites”, que as coloriam de beleza, deixando no ar vestígios do mais fino perfume francês. Migraram, certamente, para o Vila Del Mar, Jimbaran ou Bhali Hai. O que agora se vê é o povo descamisado, em confortáveis “havaianas” vestindo bermudões com motivos florais ou cortados de uma velha calça jeans, desembarcado, em alegre bando, dos ônibus de excursões. Isso é muito bom! É o saudável exercício do regime democrático de direito.
A grande diferença, com relação a Tramandaí, está em que, aqui, eles aterrissam no “Ninho das Corujas”, e não no distante “Barro Preto”.