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A história revisitada

O mito do índio como um homem puro e em harmonia com a natureza já caiu faz muito tempo, mas é terrível como ele sempre volta. Todo mundo sabe que personagens como Peri, o herói do livro O Gurani, de José de Alencar (antiabolicionista, defensor de “carteirinha” da escravatura!) estava mais para conto da carochinha que para história. Quem mais matou índio foram os próprios índios.

Nossos grandes autores, intelectuais famosos, nem sempre são geniais. Cometem besteiras em troca de dinheiro, adotam ideologias da moda que se revelam loucuras e escrevem coisas que depois se arrependem.

Machado de Assis era censor do Império. Contrário ao teatro francês romântico, feito para divertir as madames dos bulevares franceses, Machado pregava que o teatro tinha uma missão nacional, e que por isso os palcos precisavam de histórias mais realistas. Sua fama como crítico feroz lhe rendeu o cargo hoje em dia odiado: agente da censura.

Gregório de Matos, além de dedo-duro, se tornou uma grife que provavelmente escondeu diversos artistas. É o mesmo fenômeno que aconteceu com Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, cuja produção artística surpreende pela quantidade, a exemplo da dupla Erasmo/Roberto Carlos e suas(?) centenas(?) de composições.

Santos Dumont, filho de um dos maiores cafeicultores do mundo, amigo de magnatas e princesas, grande “picareta” e gay, era uma estrela dos cafés e dos bulevares de Paris durante a Belle Époque.

Em 1905, enquanto os irmãos Weight preparavam o avião Flyer para a venda, Santos Dumont passava as tardes soltando pipa e atirando com arco e flecha.

Noventa e cinco por cento da população masculina do Paraguai foi dizimada por uma guerra que NÃO teve seu início devido ao imperialismo brasileiro e sua ânsia em dominar a América do Sul, e SIM porque havia naquele país um presidente vaidoso, cruel, louco e equivocado.

Delírios deste colunista para deixar o talentoso Professor Jorginho Fernandes de cabelos em pé?

Não! Apenas lembrando a personagem de um programa humorístico da TV ante o “politicamente correto”:

– Há controvérsias!

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