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Armas não-letais reforçam ação da Brigada Militar no Estado

Com o treinamento de 300 policiais militares, o governo do Estado deu início a uma nova era na segurança pública gaúcha: o uso de armas não-letais pela Brigada Militar. A tecnologia importada dos Estados Unidos lança dois dados energizados com cinco mil volts e baixa amperagem. Com o choque, a arma gera incapacitação neuromuscular, impossibilitando qualquer tipo de reação. Assim, é aberta uma janela de oportunidade para imobilização, sem o uso da força física. O armamento poderá ser utilizado assim que a BM regulamentar seu uso através de nota de instrução.

O dardo engancha na roupa ou até mesmo na pele, causando uma pequena perfuração. É indicado em situações onde os criminosos não estão utilizando arma de fogo, como facas, bem como em agressões físicas a terceiros. Conhecida como Taser, a arma não-letal é também recomendada para abordagens de indivíduos sob efeito de substâncias entorpecentes, alcoolizados ou resistentes à prisão.

A arma vai diminuir em ambos os lados o risco de lesões médias e graves. Reduz ainda a letalidade, evitando o emprego de armas de fogo. “A sociedade vai tomar conhecimento do novo equipamento, através de uma atuação dentro dos limites legais, respeitando as questões dos direitos humanos”, afirma o instrutor, major da BM Erico Marcelo Flores.

A adoção do novo armamento pode trazer economia para o Estado, evitando lesões e óbitos causados por disparo de arma de fogo nas pessoas envolvidas em ocorrências. A Brigada Militar dispõe de 300 armas Taser. Cinqüenta foram adquiridas pelo Estado, com custo de 850 dólares por arma, e as outras foram doadas à Corporação pelo governo federal.

Com custo semelhante à de uma pistola calibre .40, a nova tecnologia será introduzida em todas as polícias brasileiras. Até o final do ano, 1,2 mil policiais gaúchos estarão habilitados através de treinamentos de 40 horas/aula.

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