Apesar de tudo, ela é mãe…
A ganância canalha e criminosa dos bancos e instituições de crédito, através dos juros escorchantes de seus cheques especiais que atrela ad infinitum o trabalhador brasileiro; a taxa de manutenção da conta-corrente e do uso de talão de cheques, isto sem falarmos no desvirtuamento do CPMF quando de sua vigência. O descrédito em que os símbolos maiores da democracia tupiniquim – a Câmara Federal e o Senado – se atolaram.
O corporativismo político, os conchavos, a traição ao mandato que lhes fora outorgado através do voto dos trouxas, dos ignorantes: o eleitor! Nunca nação alguma possuiu tantos bobos da corte como o Brasil. Se isso se tornasse profissão nos faltaria plateia.
O consolo, no entanto, seria ver o demagógico e populista programa do “Fome Zero” dar certo: estaríamos todos mortos.
Ou, quem sabe, hablando bolivianês e reverenciando o “Chavismo”, o “Evismo”, movimentos perigosamente populistas e incendiários, manipulados pela cartilha de Castro, e que alguns “expoentes” da “peTzada” se vangloriam de serem adeptos.
De Lula da Silva somente teríamos a comentar suas múltiplas facetas: do megalômano voador, a bordo da luxuosa aeronave; do mentiroso, do hipócrita que jurava nada saber; do covarde e servil capacho do folclórico Chávez e do cocaleiro Morales; do manipulador das massas ignorantes que viam nele a reedição do “pai dos pobres”. Ah, se soubessem a verdadeira história daquele falecido caudilho!…
Mas, neste caleidoscópio de fúnebres perspectivas, feliz do homem (e da mulher) que puder desaguar sua torrente de desilusões, suas alegrias, seus ressentimentos, suas conquistas, suas perdas, seus medos, suas angústias, sua incompreensão ante tanta injustiça como a desigualdade social, o desemprego e do alijamento do mercado de trabalho por ser um “velho” de quarenta anos de idade no seio generoso do mais rico jardim que o ser humano conheceu: a mãe.
Mãe é um ser único. Imensurável. Por mais pródiga que pudesse ser a linguagem humana inexistiria poeta capaz de cantar, com todo o esplendor, a real magnitude da figura de uma mãe. A mais poderosa das preces é a de uma mãe pela vida de seu filho movida unicamente pela força do amor. A mãe perdoa, sempre e em quaisquer circunstâncias. A mãe acaricia, consola e nutre. Como rosas, a mãe exala o perfume da serenidade, da persistência, da coragem e da resignação. Exala o perfume da fé de que o sonho não acabou. Somente a mãe, a exemplo d’Aquela, exala o perfume da piedade e da mansuetude ao acolher o Filho em sua derradeira hora.
Assim, ainda nos resta uma sutil esperança: Dilma, apesar de tudo, é mãe!