Síndrome do Ninho Vazio
Um dia as mães, (e porque não dizer também os pais) sentem um choque quando percebem que seus filhos estão cada vez mais crescidos e donos do seu destino, passando a decidir questões relacionadas à suas vidas, sem consultar a opinião dos pais. Faz parte do processo natural da vida em família os filhos saírem de casa em determinado momento, seja porque vão casar, cursar uma universidade em outra cidade, ou ainda na busca por mais independência. Em geral, seria motivo de festa para qualquer pai porque começam a perceber seus filhos como pessoas responsáveis e capazes de tocar suas próprias vidas.
Deduzi pelos relatos das mães entrevistadas que embora, às vezes, o que deveria ser motivo de alegria pode se transformar em um pesadelo para os determinados pais. Este tipo de crise é a chamada de síndrome do ninho vazio. A síndrome do ninho vazio é causada quando a pessoa, geralmente a mãe, vê seus filhos buscando autonomia e saindo de casa. Por não conseguir lidar com isso, o sentimento de saudade ganha proporções prejudiciais que afetam à vida daqueles que ficam. É considerada, pelos profissionais da área, como uma crise existencial passageira. Dependendo de alguns fatores, como o número de filhos, a personalidade da mãe, tudo pode ser apenas questão de se acostumar à nova rotina.
As causas da síndrome do ninho vazio acontecem com pessoas que se vinculam muito aos filhos criando rotinas voltadas e focadas somente nas necessidades deles. Quase como uma troca, os pais fazem tudo pelo filho, e este lhes retribui com companheirismo. Segundo minha pesquisa, em geral, essa síndrome costuma acontecer mais com as mulheres, porque elas estão mais tempo em casa, conseqüentemente desenvolvem vínculos mais estreitos com os filhos. Para que as mães não sofram com a saída dos filhos da casa materna, é importante que haja a preparação para a chegada da nova realidade. É importante que cada mãe separe a vida dela da vida dos filhos, o máximo possível.
Os especialistas em relacionamentos salientam como importante, a mãe ampliar sua rede social, buscando adequar à sua rotina várias atividades, mas que sejam realizadas fora de casa e que a auxiliem a ter outro papel que não seja o da mãezona. É necessário cortar o cordão umbilical imaginário entre mãe e filho. Para algumas mães que são muito apegadas, certamente será um processo doloroso no início, mas é a solução para sua saúde emocional. Com novas atividades ela consegue reorganizar seus projetos de vida, tirando de foco a ausência do filho (a).
Em momento algum perdemos nossos filhos (Roger – Logan) , ao contrário ganhamos duas lindas filhas (Josiane – Dienifer) e também, um pequeno neto chamado Gabriel, que é a continuação de nossa existência. Vale a pena deixar registrado aqui, não apenas como um simples comentário, mas como um brinde à vida!