Colunistas

O Nordestão – Prosa Poética

Na Primavera o Nordestão cavalga na garupa dos cataventos em sua corrida alucinada. Encrespa as águas azuis das lagoas. Agita o mar. As marés revoltas beijam sofregamente a areia branca. Os grãos de areia dispersam-se, levantando –se arrogantes, formando uma nuvem de poeira, que afugenta os banhistas.

Na cidade rompe nas ruas,  balançando as cortinas das janelas,sacudindo as árvores .Suas folhas despencam-se nas calçadas e ruas com a fúria do vento. Os pedestres curvam-se contra as rajadas com os olhos sacrificados,vermelhos pela  poeira que se levanta impiedosa.

Os vestidos rodadas dançam um bailado ao canto do vento.

Os cabelos despenteiam-se e voam como pássaros em bando.

O Nordestão amaldiçoado tornou-se abençoado com a chegada dos cataventos. A energia eólica em abundância mudou o perfil da cidade. Touxe o progresso e o desenvolvimento.

Os rostos agora se abrem em sorrisos de alegria. Os semblantes dos habitantes se desanuviaram. O vento tornou-se mágico. Todos o enfrentam com entusiasmo e auto estima elevada.

Osório agora  criou um novo logotipo: a cidade dos “Bons dos Bons Ventos.

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