Variedades

Arquivado pedido de impeachment da governadora

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul arquivou o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB). Por 30 votos a 17, o plenário aprovou o parecer da comissão especial que pedia o arquivamento do pedido apresentado por funcionários do governo em julho deste ano.

No pedido, os integrantes do Fórum dos Servidores Públicos do Estado apresentaram denúncias de corrupção envolvendo os agentes do governo do estado. O relatório aprovado na semana passada na comissão especial foi elaborado pela deputada Zilá Breitenbach, do mesmo partido da governadora. Ela disse que não identificou “justa causa” para autorizar as investigações.

Antes do arquivamento, os deputados da oposição chegaram a apresentar uma denúncia de que o governo pagou cerca de R$ 100 mil em material de construção para uma obra particular da governadora. Como prova, os opositores da governadora apresentaram os empenhos e as despesas autorizadas pela Casa Civil. O endereço de entrega era a casa particular de Yeda Crusius, em Porto Alegre.

O governo admitiu a compra dos materiais para a casa da governadora. Em nota, considerou a operação “totalmente legal”, por se tratar da “aquisição de bens e serviços necessários à habitabilidade do local onde o governador reside”.

Na semana passada, a governadora já havia obtido uma vitória na Justiça Federal. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu excluir o nome de  Yeda Crusius da ação de improbidade administrativa impetrada pelo Ministério Público Federal (MFP) em agosto deste ano.

Na ação Yeda chegou a se acusada pelo MPF de liderar um esquema de corrupção envolvendo mais oito pessoas ligadas ao Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. Na ação, o grupo de Yeda era classificado como uma “organização criminosa”.

Estão citados na ação o ex-marido de Yeda, o professor Carlos Crusius, o deputado federal José Otávio Germano, os deputados estaduais Luiz Fernando Záchia (PMDB) e Frederico Antunes (PP), o ex-secretário Delson Martini, a assessora da governadora Walna Vilarins Meneses, o vice-presidente do Banrisul, Rubens Bordini, e o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), João Luiz Vargas.

O Ministério Público Federal sustenta que “os réus participaram ativamente da prática de expressiva fraude”. O desvio, de acordo com a ação, atinge a cifra de R$ 44 milhões.

Comentários

Comentários