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Líder do DEM critica declaração de Lula

A comparação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que se Jesus Cristo estivesse aqui teria que negociar até com Judas para aprovar projetos no Congresso, repercutiu no Parlamento.

O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), criticou a forma do presidente fazer política. Já o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), minimizou dizendo que num governo de coalizão, às vezes, não se pode escolher os parceiros.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o presidente Lula afirmou que nunca teria feito concessão política, mas sim acordos. Para explicar a coalizão de vários partidos, Lula comparou o cenário político do país à passagem bíblica da traição de Judas a Jesus Cristo.

“Uma forma de evitar a montagem do governo é ficar dizendo que vai encher de petista. O que a oposição quer dizer com isso. Era para deixar quem estava. O PSDB e o PFL (hoje DEM) queriam deixar nos cargos quem já estava lá. Quem vier para cá não montará governo fora da realidade política. Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão”, disse o presidente.

“Ele [Lula] realmente expôs a maneira como ele realmente trabalha em política. A única comparação que não é compatível é ele querer representar a figura de Cristo, ao contrário”, disse Caiado.

Henrique Eduardo Alves saiu em defesa de Lula. “Não entendi bem o significado da fala do presidente e vou ler melhor. Mas para governar é preciso fazer coalizões onde, muitas vezes, se escolhe parceiros e, por necessidades estratégicas, não pode escolher os parceiros. São os [parceiros] possíveis, mas sempre dentro do limite ético que tem norteado o governo Lula”, argumentou o peemedebista, que criticou a oposição.<!– .replace('

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