Vida & Saúde

Câncer de pele: médica alerta sobre falso entendimento do uso do filtro solar

Durante a 11ª Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele – realizada hoje (5) pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) – a coordenadora de câncer de pele da Secretaria de Saúde do Ditrito Federal, Roula Kozak, alertou para o que chama de “falso entendimento” em relação ao uso do filtro solar.

“Não adianta usar o protetor e exagerar no sol. É como fazer muita ginástica e depois comer bolo de chocolate”, explicou. Segundo ela, a população deve evitar tanto a exposição prolongada ao sol quanto a exposição recorrente, feita diversas vezes, já que a ação do sol tem efeito cumulativo.

O objetivo da campanha, de acordo com a dermatologista, é orientar e prevenir a população, além de fazer a detecção precoce do câncer de pele. O paciente que procurar um dos postos espalhados em 23 estados brasileiros passa por um atendimento dermatológico completo e sai com prescrição de medicamentos ou mesmo com um pedido de cirurgia para remoção de lesões duvidosas.

É o caso da auxiliar administrativa Andréia Marçal que, apesar de ter pele muito branca, sempre insistiu em pegar um bronzeado. Aos 38 anos e com uma lesão próxima ao nariz que não cicatrizava, ela recebeu o diagnóstico de carcinoma – o tipo mais comum de câncer de pele e com mais chances de cura.

A cirurgia de Andréia foi marcada pela própria equipe da campanha para a próxima segunda-feira (7). Mas mesmo após a remoção da lesão, é preciso ficar de olho porque a chance de reincidência ou de novas lesões é maior para quem já teve a doença. Depois do diagnóstico, a paciente passou a usar filtro solar diariamente – inclusive em dias de chuva.

“A gente, às vezes, não dá importância e isso passa despercebido no corre-corre do dia a dia. A coisa é bem mais séria. Eu não queria ficar morena, mas queria um bronzeado e judiei demais da minha pele. Se soubesse, não teria sido assim”, contou.

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam o câncer de pele como o de maior  incidência no Brasil desde 2005. Quem quiser saber mais sobre a doença e sobre o autoexame deve acessar o site www.inca.gov.br.

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