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Uma Razão para chorar

A imprensa tem noticiado que o rio grande do sul, por incompetência da direção do  Sport Clube Internacional, perdeu os jogos da Copa das Confederações e  poderá perder, também, os da Copa de 2014. Muitos encontram neste fato uma razão para lamentar-se pela perda financeira  das mais diversas áreas que acontecerá, inexoravelmente, em decorrência da frustração das expectativas que as copas estavam criando.

Paralelamente temos recebido noticias que uma parturiente grávida,de gêmeos, teve que viajar quase 500 km para conseguir leito para si e para seus filhos que nasceram prematuros.

A mãe, até hoje, corria perigo de vida. Se, pela não realização dos jogos das Copas no Beira Rio, muitos tem se lamentado , pelo drama desta senhora, o nosso estado deveria estar chorando e  o país deveria ser solidário com a nossa dor.

Pois, isto sim é um fato relevante que se sobrepõe as perdas financeiras de entidades ou de grupos. Este fato nos remete para uma profunda reflexão sobre a realidade miserável de nosso povo, da desassistência a que está submetida aquela parte da população que não tem plano de saúde, que não tem cartão de crédito, que por não pertencer a classe política não tem assistência médica  pronta e gratuita em hospitais do estado ou em centros de referencias do Rio, São Paulo ou de Brasília.

Para os que tudo tem tudo é fácil é imediato, é instantâneo e gratuito.

Para os desassistidos, para os despossuídos, para os que não têm voz e nunca tiveram vez, neste país, tudo é difícil, tudo é empecilho e até um leito, para receber gêmeos prematuros, fica distante, à muitas horas de viagem e km de distância.

O nascimento que é um motivo de alegria, no Rio Grande do Sul transformou-se em um motivo para chorar em razão do descaso, da irresponsabilidade e da desfaçatez com que agem os gestores da saúde em nosso estado e no Brasil.

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