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Chávez diz que objetivo na Venezuela é acesso à informação

Alvo de críticas por um suposto projeto para limitar o acesso à internet, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi ontem (21) à televisão negar que pretenda estabelecer censura no país. Segundo Chávez, nos últimos nove anos o acesso à internet aumentou 900%. De acordo com ele, as informações sobre censura ou eventuais limitações são “falsas”, diz a imprensa oficial da Venezuela a Agência Bolivariana de Notícias (ABN).

“A notícia que percorre o mundo de que vamos acabar com a internet é falsa, assim como a de que vamos restringir o serviço. Temos uma estratégia central que é a transferência de poder para o povo e o mais importante do conhecimento é poder”, disse Chávez, no domingo (21), durante seu programa Alô, Presidente.

Nos últimos dias, o Ministério Público da Venezuela abriu processo de investigação para apurar denúncias de que o portal Noticiero Digital reuniria informações improcedentes contra o governo e opositores de Chávez. Para internautas e especialistas, a ação seria uma sinalização do início do processo de censura à internet. Paralelamente, a estatal CANTV obtém 85% do mercado de provedores do país.

Em um ambiente político bastante polarizado, entre simpatizantes e opositores de Chávez, a internet na Venezuela é um dos principais meios para a organização de atos públicos, protestos e todos os tipos de atividades para ampliar o apoio às causas.

Chávez ressalta que desde que assumiu o governo aumentou 900% o acesso à internet. Pelos seus números, em 2000, apenas 820 mil eram usuários de serviços, enquanto que 7,5 milhões de pessoas tiveram acesso no ano passado. Segundo ele, há nove anos, registrava 273 mil assinantes, enquanto em 2009 eram 497,5 milhões (de assinantes).

O presidente afirmou ainda que serão abertos 24 novos centros de informação em todo o país. Atual mente há 668 centros no Projeto Infocentros. Chávez disse que esses centros têm capacidade para servir mais de 2 milhões de pessoas por ano, o que permitiu chegar a 10 milhões de usuários até 2009.

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