Farc entregam restos mortais de major executado em cativeiro
Os helicópteros do Exército Brasileiro e uma equipe de resgate receberam no final da manhã de hoje o sinal vermelho das Farc para continuar com a operação. Desde ontem (31), os militares do Brasil e integrantes da ajuda humanitária e do governo colombiano estão na cidade de Villavicencio, no sul da Colômbia, à espera da sinalização dos guerrilheiros.
“A operação foi bem-sucedida e a única alteração foi a necessidade de abastecer o helicóptero brasileiro na cidade de San José. No mais tudo corre muito bem”, disse Donoso.
O resgate dos restos mortais de Guevara conclui a operação iniciada no último domingo (28), quando foi libertado o soldado Josué Daniel Calvo Sánchez, que estava há 11 meses em poder das Farc. Na última terça-feira (30), foi a vez dos guerrilheiros entregarem o sargento Pablo Emilio Moncayo, que há 12 anos estava em cativeiro.
As negociações são intermediadas pela senadora Piedad Córdoba – de oposição ao governo do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe -, integrantes da entidade Colombianos pela Paz, Igreja Católica e Cruz Vermelha Internacionais, além de representantes do governo federal. Por exigência das Farc, as operações do Exército no sul do país foram suspensas.
Os restos mortais de Guevara serão entregues à família do militar morto na presença de forças de segurança do país, segundo informações da Cruz Vermelha Internacional. É uma determinação das leis colombianas. Também deverá ser realizado um exame de DNA para determinar com segurança a sua identidade.
De acordo com a agência oficial de notícias da Argentina, Guevara morreu em cativeiro, depois de passar oito anos sob poder dos guerrilheiros. O militar foi capturado quando houve um embate entre as Farc e o Exército na cidade de Mitu, em 1º de novembro de 1998. Estimativas indicam que 22 militares sejam mantidos em cativeiro pelos guerrilheiros.