Estados Unidos impede visita de avó brasileira ao menino Sean
“A Justiça americana aceitou o argumento de Goldman de que, no momento, a visita seria prejudicial e poderia atrapalhar o relacionamento de Sean com o pai”, disse o advogado da família brasileira, Sérgio Tostes, que já recorreu da decisão, com base na Convenção de Haia que estabelece princípios internacionais sobre a proteção de crianças e cooperação em matéria de adoção.
Sean, 9 anos, nasceu nos Estados Unidos e aos 4 anos veio com a mãe, Bruna Bianchi Goldman, passar férias no Rio. Dias depois da chegada, Bruna comunicou a David que pedira o divórcio pelas leis brasileiras. Casou-se, pouco depois, com o advogado João Paulo Lins e Silva e em 2008 morreu durante o parto da filha.
Desde então, as famílias brasileira e norte-americana disputam a guarda do menino. O assunto chegou a ser tratado em encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a secretária de Estado Hillary Clinton, no ano passado.
Em dezembro, David Goldman obteve a guarda do filho, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
Às vésperas do Natal, pai e filho viajaram para Nova Jersey, em avião fretado por uma rede de televisão dos Estados Unidos. Silvana, que pretendia acompanhar o neto na viagem, foi impedida por David, sob a alegação de que o momento era muito delicado tanto para ele quanto para o menino.
Depois de um rápido encontro no começo do ano, cercado de restrições, segundo o advogado da família, a avó se preparava para rever Sean este mês. Tostes diz que a família brasileira foi surpreendida pela decisão judicial.