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Agenda internacional de Lula tem muitos temas polêmicos

Em uma semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará às voltas com temas controvertidos e delicados da agenda política e econômica internacional. O objetivo, segundo diplomatas que acompanham esses assuntos, é mostrar que o Brasil é favorável ao diálogo, contrário às sanções que podem se tornar arbitrárias, e que pelo o que representa no cenário internacional tem direito a um assento permanente no Conselho de Segurança nas Nações Unidas.

Na Rússia, ao conversar com o presidente Dmitri Medvedev, Lula vai lembrar que a estrutura do órgão reflete o mundo dos anos 40, pós Segunda Guerra Mundial, distante da realidade atual. O ideal, segundo o governo brasileiro, seria ampliar dos 15 membros – cinco fixos e dez rotativos – para 25. O Brasil ocupa um lugar rotativo.

Com um assento permanente no conselho, o Brasil ganharia poderes concretos para vetos sobre punições, como a que se discute no momento sobre as sanções a ser impostas contra o Irã por causa de seu programa nuclear. Até junho, os representantes dos Estados Unidos, da França e da Alemanha querem que o Conselho de Segurança defina por uma quarta sanção contra o Irã. Eles suspeitam que o país produza armas nucleares ao enriquecer o urânio. O governo iraniano nega as denúncias. Outras três sanções foram adotadas anteriormente.

Na a 6ª Cúpula América Latina, Caribe e União Europeia, em Madri, dois assuntos deverão predominar nos debates, além da crie econômica que atinge a Grécia e, em menor escala Portugal e Espanha. Para os sul-americanos, Honduras deve ser mantida suspensa da Organização dos Estados Americanos (OEA) até que o presidente Porfirio “Pepe” Lobo adote algumas medidas consideradas fundamentais.

Para Lula e demais presidentes da região, o presidente deposto de Honduras Manuel Zelaya, e seus aliados, têm direito à anistia, assim como a concedida aos que promoveram o golpe de Estado em 28 de junho de 2009. Também será discutida a retomada das negociações entre os blocos do Mercosul e a União Europeia. Para o Mercosul, é essencial que sejam definidas concessões na área agrícola, os europeus querem no setor industrial.

Durante as discussões em Madri, o Haiti será tema de um debate. O presidente haitiano, René Préval, deverá apelar para que a comunidade europeia reforce o apoio financeiro para a reconstrução do país. Segundo diplomatas brasileiros, a expectativa é que Préval apresente uma análise sobre o que foi feito desde o terremoto do dia 12 janeiro até agora e quais são as necessidades ainda existentes.

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