75% das famílias têm dificuldades para encerrar o mês
Moradora de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Margareth é casada com um funcionário de um supermercado e tem dois filhos: um de 10 anos de idade, que ainda é estudante, e outro de 22 anos, que já concluiu a educação básica, mas está desempregado.
“Temos muita dificuldade. As coisas estão muito caras hoje em dia. Todo mês, a gente tem que fazer uma continha e acaba deixando de pagar alguma coisa. No mês seguinte, a gente tem que voltar a fazer conta para poder pagar aquela dívida”, conta Margareth.
Apesar das dificuldades em pagar contas e em chegar ao fim do mês com folga no orçamento, Margareth diz que não faltam alimentos em casa, assim como ocorre com 64,5% das famílias entrevistadas pelo IBGE, na Pesquisa de Orçamentos Familiares.
“Temos o suficiente no que se refere à comida, porque eu e meu marido trabalhamos. Às vezes até sobra no final do mês, porque, para a gente, a alimentação é uma prioridade”, conta Margareth, ao lembrar o período em que ela e o marido, na época desempregado, tinham dificuldades em colocar comida na mesa da família, há cinco anos.