Colunistas

Se está difícil para os médicos, o que dizer dos usuários

Criado pela constituição Federal de 1988 o SUS Sistema Único de Saúde e regulamentado pelas leis nº.8080/90 e nº.8.142/90 (leis orgânicas da saúde) tinha o propósito de universalizar o atendimento à população de forma gratuita, de qualidade e acessível a todos, sendo proibidas cobranças sob qualquer protesto.

Não é novidade nenhuma que o Sistema Único de Saúde (SUS), está defasado.

As pessoas que realmente precisam do atendimento do SUS sabem bem da sua precariedade, e isso não vem de agora, cada governo que passa promete maravilhas para a sua melhoria. O problema é a demora no atendimento, exemplo: as cirurgias não emergenciais deixam usuários meses a até anos nas filas de espera.

Pelo Sistema Único de Saúde, todos os cidadãos tem o direito a consultas, exames, internações e tratamentos nas unidades de saúde vinculadas ao SUS da esfera municipal, estadual e federal.

O Sistema Único de Saúde destina-se a todos os cidadãos é financiado com recursos arrecadados através de impostos e contribuições sociais pagos pela população que compõe os recursos do governo federal, estadual e municipal.

Os usuários acreditam que faltam médicos, (pelo menos 58,1%), isso é o que revela uma pesquisa realizada em 2011 pelo instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ela recomenda que o padrão mínimo satisfatório seja de um médico para cada mil habitantes,segundo informações o Brasil tem mais médicos que o mínimo recomendado.

O conselho Federal de Medicina (CFM) em estudo publicado afirma que existem dois médicos por mil habitantes no país, 55% desses profissionais no Sistema Único de Saúde. Porém estão mal distribuídos, O conselho Regional de Medicina (Cremers) segundo levantamento  mostra que 82 dos 496 municípios gaúchos estão na media preconizada pela Organização Mundial  de Saúde (OMS). Mas em 157 municípios não tem nem um médico residente. O presidente do Sindicato Médico RS (Simers),Paulo de Argollo Mendes é contra a importação de médicos mas é a favor de uma remuneração (salários) melhor aos médicos nacionais.

Seria um problema sério na gestão, o que está acontecendo?

Maria de Fátima de Souza, coordenadora do núcleo de estudos em saúde pública da Universidade de Brasília (Unb), afirma:

“Em matéria de dinheiro público, é preciso enrijecer a fiscalização dos gastos. É preciso fortalecer os conselhos de saúde, que exercem tal controle.”

Por outro lado na questão de gestão, a quem seja a favor de cortar custos com internações. Se houvesse uma ampliação do programa “Saúde da Família”. Atualmente 60% das famílias brasileiras fazem parte do programa.Para um melhor aproveitamento o ideal seria 80%.Porém apenas 5% das equipes tem médicos especializados em Saúde Comunitária o que dificulta bastante o trabalho.

Mas na realidade mesmo o que o governo precisa entender é que todos nós estamos unidos lutando por melhorias.

Os usuários do seu ponto de vista querem mais médicos, agilidade no atendimento seja ele qual for (cirurgia, exames, internações,  etc.), qualidade no atendimento.

Por outro lado os médicos também reeinvidicam as suas exigências.

De que forma o médico poderá atender bem se ele não tiver:

Educação continuada, progressão funcional, remuneração adequada, e principalmente infraestrutura de trabalho, instalações, leitos, equipamentos, insumos, acesso a rede qualificada para encaminhar pacientes, entre tantas outras necessidades.

Falta muito a ser feito, projetos sérios e acima de tudo vontade política, o que transparece é que fazem da saúde uma forma  de se chegar aos votos, em vez de  fazer política com a saúde se deveria fazer política para a saúde.

Comentários

Comentários