Colunistas

A vergonha e o deboche escancarados

Meus generosos dezoito leitores não migrarão, porque, concomitantemente já o fazem, para as páginas de meus caros confrades Erner Machado, Jorge Alberto Vignoli e Márcio Yazbeck se desejarem deleitar-se – ou contraditar iradamente – na leitura do pensamento político e partidário de cada um deles.

Não, não estou colocando ponto final para o meu espaço neste Litoralmania. Não! Afinal, escrever é o que me mantém vivo e em movimento cerebral nas areias destes quintos do inferno!

Não há qualificativos para definir a postura dos crápulas, dos velhacos, dos cínicos e covardes deputados federais que  protegidos pelo corporativista capuz do voto secreto, NÃO PERMITIRAM A CASSAÇÃO do marginal deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condenado em última instância pela Justiça à pena de reclusão por 14 anos, ante inúmeros crimes por ele cometido, e que se encontra no Complexo Penitenciário da Papuda.

Dos trinta e sete deputados que compõem a bancada gaúcha na Câmara Federal – anotem seus nomes e não incorram no erro de os reelegerem! –, quatorze se encontravam AUSENTES! São eles:

Afonso Hamm, Alceu Moreira, Alexandre Roso, Beto Albuquerque, Elvino Bohn Gass, Darcísio Perondi, Dionilso Marcon, Eliseu Padilha, Enio Bacci. Giovani Cherini, José Otávio Germano, Renato Molling, Ronaldo Zulke e Vilson Covatti.

Três ou quatro desses desertores não causaram surpresa em suas “estratégicas” ausências.

A votação, ainda que respaldada sob o covarde manto de ser secreta, não impedia, no entanto, de quem assim o desejasse, “abrir” o seu voto. O gaúcho Danrley de Deus pôs a cara a tapa: votou pela cassação do político marginal.

Doravante, retornarei às minhas crônicas intimistas, que falam dos sentimentos – amor, ódio, alegria, tristeza, coragem, medo – e das emoções.

Será uma reconciliação tímida, como o retorno de dois amantes após a longa separação. Serão tantas as coisas a serem ditas e as palavras, certamente, atropelar-se-ão, histrionicamente, nas escadarias da imaginação. E, como seres carentes e tímidos, abriremos antigos baús e haveremos de redescobrir nossas fantasias. Elas hão de brotar presenteando-nos – crianças em que então nos veremos transformados – com a certeza de que o sonho ainda.não havia acabado.

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