Policial

Investigação que iniciou em Torres resulta em 18 prisões

A Operação Espelho realizada nessa quinta-feira (23), resultou na prisão de 18 pessoas no Rio Grande do Sul (14), Santa Catarina (3) e Mato Grosso do Sul (1).

O líder do grupo, empresário do segmento de entretenimento, foi preso em Balneário Camboriu (SC).

Participaram da Operação 200 policiais federais dos três estados.

Foram apreendidos 3,5 kg de cocaína, 25 veículos, entre automóveis e motos, seis armas, sendo um fuzil, e 46.800 reais. A PF estima que cerca de 1 tonelada de cocaína era distribuída mensalmente pelo grupo no estado do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Veja abaixo a lista de cidades envolvidas na Operação:

1. Rio Grande do Sul: Caxias do Sul, Porto Alegre, Viamão e Tramandaí
2. Santa Catarina: Balneário Camboriu e Araranguá
3. Mato Grosso do Sul: Ponta Porã e Mundo Novo

Histórico da Operação Espelho

A Operação foi iniciada com uma notícia recebida pela Polícia Federal de Caxias do Sul de que a organização criminosa desarticulada na Operação Colmeia teria se restabelecido, mantendo um sítio para guarda e refino de cocaína nas proximidades da BR-101 no município de Torres-RS, de onde a droga era distribuída para as regiões de Caxias do Sul, Porto Alegre, fronteira oeste e outras do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Em 15 de dezembro de 2009, policiais federais realizaram ação no sítio e apreenderam 262 quilos de cocaína, além de produtos químicos adulterantes, que estavam enterrados em tonéis plásticos no piso de chão batido de um galpão da propriedade. Também foram apreendidos , armas, munições e diversos aparelhos celulares. A PF apreendeu 310 kg de cocaína durante o período de investigações.

O nome de Operação Espelho foi dado a partir dessas circunstâncias, absolutamente semelhantes com as apreensões realizadas na Operação Colmeia: grande quantidade de cocaína enterrada em tonéis plásticos em sítios com material para a mistura e beneficiamento da droga.

Estrutura criminosa

O grupo se restabeleceu sob o comando hierárquico de um traficante preso anteriormente na Operação Colméia. Esse líder passava suas ordens aos seus “gerentes”: pessoas da família ou de grande confiança que ficavam responsáveis pelas funções de cobrança e recolhimento do dinheiro junto aos compradores da droga, movimentações bancárias e pagamentos em favor dos fornecedores e, também, pela comunicação direta com fornecedores e compradores. Desse modo, o líder minimizava sua ligação direta com a comercialização da droga.

Abaixo dos “gerentes” ficavam os responsáveis pelo recebimento, guarda e distribuição das drogas da Organização. Nesse grupo, encontram-se os transportadores da droga, também chamados de “mulas”, os responsáveis pelo armazenamento e mistura e outros traficantes que compravam a droga e distribuíam em pontos determinados.

Alguns desses integrantes estão associados ao líder da organização há mais de dez anos.

Origem da droga
              
A cocaína adquirida pela quadrilha entrava no Brasil através do Mato Grosso do Sul e era comercializada por traficantes em Ponta Porã (MS).

Um dos fornecedores, que tem ligações com a organização criminosa PCC, teve seu nome envolvido em vários atentados contra autoridades paraguaias. Em 2006, ele foi preso acusado de participar da execução do ex-prefeito de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz divisa com Ponta Porã (MS).

Ele também é suspeito de estar relacionado a um atentado contra um senador paraguaio.

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