Colunistas

Choram Marias e Clarices

Cai o pano do espetáculo que transitou do burlesco, do caricato, do irresponsável, ao trágico. Os retumbantes 7X1 carimbam, em definitivo, o fim duma era onde o onírico bailava tendo como par a desfaçatez, trocava, quando conveniente, com a locupletação e, sem tardar, oba-oba inconsequente.

“A Lua qual dona de bordel

Pedia a cada estrela fria

Um brilho de aluguel”

Correu-se atrás da indicação prometendo o que não poderia ser cumprido – as queixas vieram depois – e, por motivos injustificáveis extrapolou-se de oito para doze sedes.

“O bêbado de chapéu-coco

Fazia reverências mil

Pra noite do Brasil”

O choro das Marias e Clarices estampado nas telas clama por guinadas nos rumos da nação, não apenas no setor esportivo.

“Choram Marias e Clarices

No solo do Brasil

Mas sei que uma dor assim pungente

Não há de ser inutilmente

Já passamos por uma ditadura que inspirou “O Bêbado e o Equilibrista” que me serviu de mote. A ditadura está no passado e não deixa saudades, o período superveniente se inclinou perigosamente para o quero-o-meu político e monetário, porém…

“A esperança equilibrista

Sabe que o show de todo artista

Tem que continuar”

E que, doravante, corrijam-se os rumos. TODOS!!!

A seleção alemã, vencedora da Copa, nos deixa belos exemplos de profissionalismo e civilidade – em vez de tripudiar, e bem o poderia após os retumbantes 7×1 –   em sua passagem pelo nosso país. Não nos esqueçamos que a Alemanha perpassou duas guerras mundiais, foi desmembrada, humilhada e mesmo assim reergueu-se das próprias cinzas, reunificou-se e hoje é uma nação pujante que exerce liderança inconteste, minimizando desavenças pretéritas.

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