Federação Gaúcha de Surf debate mortes de surfistas em redes de pesca
Nesta reunião foram convocados atletas, simpatizantes do esporte, familiares e profissionais da Imprensa para uma manifestação pública em frente da Assembléia Legislativa do RS, em defesa do programa Praia Segura, Surf Legal.
O encontro, que aconteceu na noite desta segunda-feira (08/11) em Porto Alegre e reuniu mais de 40 pessoas engajadas na busca de uma solução, foi motivado devido à morte do 49° surfista, desde 1978, no Rio Grande do Sul. O jovem canoense, Thiago Rufatto, perdeu sua vida aos 18 anos no último feriado na cidade de Capão da Canoa após ficar preso em um cabo que prende uma rede de pesca.
O deputado Sandro Boka, que abriu as portas de sua casa para receber os convidados, expos as dificuldades de conseguir aprovação do projeto de lei, que tramita na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. O presidente da FGSurf, Orlando Carvalho, salientou a importância de buscar outro meio de pesca na costa, que não utilize redes fixas. Já o professor Nelson Gruber defendeu uma agenda de trabalho que possa surtir efeitos em longo prazo. O empresário Daniel Riolffi pediu que todos se mobilizem e mostrem a força da comunidade do Surf. Durante a reunião foram diversas manifestações emocionadas de amigos e familiares de vítimas das redes de pesca.
Segundo o estudo realizado pelo Centro de Estudo Costeiro e Geológicos (Ceco), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), um corpo solto ao mar se locomove em média um metro por segundo em um dia de tempo bom. Já em um dia de tempestade ou de ressaca este mesmo corpo passa de um metro por segundo para quatro metros por segundo. Pensando nestes dados, foi proposto a mudança da lei que delimita a área para prática de esportes náuticos e pesca de 400 metros para 2.100 metros e mais uma área de 500 metros para escape.