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Safra gaúcha de grãos de verão deve ser recorde

A safra 2010/2011 dos principais grãos de verão poderá ser a maior da história do Rio Grande do Sul. Conforme levantamento da Emater/RS-Ascar, veiculado nesta quinta-feira (17), a estimativa preliminar é de que a produção total do Estado chegue a 23,62 milhões de toneladas e a área plantada totalize 6,405 milhões de hectares. Os números foram divulgados pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, e pelo presidente da Emater/RS, Lino De David.

O crescimento na produção deve-se, principalmente, às culturas do arroz e do feijão. No primeiro caso, a previsão é de que a safra atinja 7,958 milhões de toneladas, sendo 15,9% maior que a obtida no ano passado. Para o feijão, o crescimento estimado é de 22,57%, apesar da redução de 4,47% na área cultivada. “Houve uma reversão no quadro. A previsão inicial de seca generalizada felizmente não se concretizou. Os danos foram muito localizados e, se os números forem confirmados, estaremos diante da maior safra de grãos da história do Rio Grande do Sul”, avaliou Pavan.

Para o presidente da Emater/RS, o quadro positivo pode ser atribuído a três fatores principais. Além do clima, que apesar das previsões negativas acabou mostrando-se favorável, De David destaca o crédito abundante e o investimento realizad em tecnologia pelos produtores. Esta qualificação na produção é perceptível quando avaliado, por exemplo, o crescimento de 27,29% na produtividade média das lavouras de feijão em relação à safra 2009/2010.

O secretário de Desenvolvimento Rural ressaltou que, como metade do PIB gaúcho provém das cadeias agroindustriais. “Uma boa safra significa o desenvolvimento de todo o Estado”. A avaliação é reforçada pelo presidente da Emater/RS. “Estes números dão tranqüilidade para os produtores e para toda a economia gaúcha, que deverá ser alavancada pelo setor primário”, completou De David.

O quadro mostra-se mais conservador em relação ao milho e à soja que, segundo a estimativa da Emater/RS-Ascar, devem apresentar uma leve queda em relação à safra 2009/2010, mas que não chega a ter impacto significativo sobre os números finais. No caso do milho, as reduções de 4,91% na área plantada e de 4,20% na produtividade são atribuídas à expectativa desfavorável em relação aos preços e aos efeitos da seca na época de plantio.

Em relação à soja, a previsão é de que a colheita seja 0,83% inferior ao ano passado. De David, entretanto, ressalta que, como esta é a única cultura cuja colheita ainda não teve início, este quadro poderá se reverter. “A soja é a cultura mais atrasada e a previsão climática é boa, por isso, acreditamos ainda em uma boa colheita”, disse.

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