Imperador do Japão vai à TV para tentar acalmar população
“Neste momento toda a nação trabalha em operações de socorro”, disse Akihito, que é o chefe de Estado do Japão. “A população foi forçada a se movimentar em condições extremamente difíceis de frio, de falta de água e de combustível”, afirmou ele. “Não posso deixar de rezar para que o trabalho dos socorristas progrida rapidamente e que a vida das pessoas melhore.”
Ignorando as divergências políticas que separam chineses e japoneses, centenas de monges budistas rezaram hoje em um templo de Pequim, na China, pelas vítimas do terremoto, do tsunami e dos acidentes nucleares no Japão. O país ocupou parte da China durante oito anos, até ao fim da 2ª Guerra Mundial, sendo responsável por um massacre, em 1937, que causou cerca de 300 mil mortes.
O ritual, que reuniu monges de seis templos de Pequim, foi conduzido pelo presidente da Associação Budista Chinesa, mestre Chuanyin. “Nunca esqueceremos a ajuda e o apoio que os budistas japoneses nos deram durante o sismo de Wenchuan [em maio de de 2008]”, afirmou Chuanyin.
Há dois dias, o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, lembrou o apoio do governo do Japão aos chineses quando houve o terremoto na região de Sichuan (na China). “A China também é um país propício a desastres tectônicos. Compreendemos plenamente o que o povo japonês está a sentir”, disse Jiabao.