Cidade natal de Khadafi é atacada por oposição
A capital Trípoli também foi atingida por bombardeios. Auxiliados pelo poderio aéreo da coalizão, a oposição conquista um número de cidades importantes da Líbia. Segundo relatos, a falta de resistência enfrentada pelos oposicionistas nas cidades conquistadas recentemente pode significar que as forças de Khadafi estejam se reagrupando.
Desde fevereiro, a oposição tenta acabar com mais de 40 anos de Khadafi no poder. A retaliação do líder líbio foi violenta e levou a Organização das Nações Unidas (ONU) a aprovar a criação de uma zona de exclusão aérea para proteger os civis do país.
Nesse domingo, o porta-voz do regime líbio, Ibrahim Moussa, afirmou que a coalizão não segue a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU). “Eles tentam enfraquecer nossos espíritos, não proteger civis. Você não precisa destruir a Líbia, matando de fome a população, para proteger os civis de Benghazi”, disse ele. “Acreditamos que o prosseguimento dos bombardeios é um plano para colocar o governo líbio em uma posição fraca para negociações.”
Segundo relatos, os oposicionistas avançam em direção ao Oeste do país, depois de terem retomado o controle de pelo menos quatro cidades que estavam sob as forças do governo. Ontem, as cidades de Brega, Ugayla e Ras Lanuf voltaram ao domínio das forças de oposição ao regime. No sábado, foi a vez da cidade de Ajdabiya, que havia sofrido intenso bombardeio por parte da coalizão internacional que atua na Líbia.
Com o domínio de Ras Lanuf e Brega, a oposição passou a controlar os principais terminais de petróleo no Leste da Líbia. Já Ajdabiya fica na intersecção de duas grandes rodovias, o que abre caminho para os oposicionistas avançarem a Oeste. As cidades estavam sob domínio das forças leais a Khadafi antes dos ataques aéreos da coalizão, iniciados na semana passada.
O avanço da oposição nos últimos dois dias, com a reconquista de cidades estrategicamente importantes, ocorreu com a ajuda dos bombardeios das forças da coalização ocidental, que atuam com autorização do Conselho de Segurança da ONU.
Os ataques debilitaram fortemente as forças de Khadafi nos últimos dias, com a destruição de tanques e armamentos, fazendo com que os insurgentes aproveitassem a fraqueza do inimigo para avançar em suas posições.